Espetáculo RapGlobal badeado na obra de Boaventura de Sousa Santos

Espetáculo RapGlobal, baseado em obra de Boaventura de Sousa Santos, será transmitido por cinco países lusófonos.

Universidades, sites de rap e instituições culturais de cinco países vão transmitir ao vivo o espetáculo, direto do Porto, em Portugal

Um espetáculo que envolve rap, sociologia e teatro será transmitido no próximo sábado (3). RAPGlobal acontece na cidade do Porto, em Portugal, mas poderá ser acompanhado por via do Facebook e do Youtube de instituições de cinco países de língua oficial portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal. O evento inicia às 17h30min no horário português.

RAPGlobal é baseado na obra do sociólogo português Boaventura de Sousa Santos. Antes do espetáculo, haverá uma roda de conversa com o sociólogo, junto com a encenadora do espetáculo Sandra Salomé e com o diretor musical Fuse.

A rede responsável por transmitir o espetáculo é formada por universidades, instituições culturais e sites de rap. O site Underground Lusófono, pioneiro na ligação entre os países de língua oficial portuguesa através do rap, é um dos locais que irá transmitir o espetáculo, disponibilizando para isso tanto a página do Facebook, como o canal do Youtube.

Em Portugal, a página do Facebook do Centro de Estudos Unidos da Universidade de Coimbra realizará a transmissão.

30.11.2022 | por catarinasanto | Boaventura Sousa Santos, espetáculo, rapglobal

NARRATIVAS AFRO-EUROPEIAS - Encontro Final

O projeto NARRATIVAS AFRO-EUROPEIAS convida para o seu Encontro Final, no dia 3 de Junho, com início às 14h30 e Palestra de Encerramento pelo Professor Boaventura Sousa Santos, pelas 17h30.    

Palestra de encerramento

Boaventura de Sousa Santos

Boaventura de Sousa Santos é  Doutorado em Sociologia do Direito pela Universidade de Yale (1973) e Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Distinguished Legal Scholar da Universidade de Wisconsin-Madison. Foi também Global Legal Scholar da Universidade de Warwick e Professor Visitante do Birkbeck College da Universidade de Londres. É Director do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa. De 2011 a 2016, dirigiu o projecto de investigação ALICE - Espelhos estranhos, lições imprevistas (ERC): definindo para a Europa um novo modo de partilhar as experiências do mundo.

Temas de pesquisa: Epistemologia, sociologia do direito, teoria pós-colonial, democracia, interculturalidade, globalização, movimentos sociais, direitos humanos. O seu trabalho tem sido publicado em português, inglês, italiano, espanhol, alemão, francês, chinês e romeno

Livros (Inglês)

- The End of the Cognitive Empire: The Coming of Age of Epistemologies of the South. Durham and London: Duke University Press, 2018.

- Decolonising the University. The Challenge of Deep Cognitive Justice. Newcastle upon Tyne: Cambridge Scholars Publishing, 2017.

- If God Were a Human Rights Activist. Stanford: Stanford University Press, 2015.

- Epistemologies of the South. Justice against Epistemicide. Boulder/Londres: Paradigm Publishers, 2014.

- The Rise of the Global Left. The World Social Forum and Beyond. Londres: Zed Books, 2006. Também publicado em chinês por Shanghai Bookstore Publishing House, 2013. (…)

Livros (português)

Na oficina do sociólogo artesão. Aulas 2011-2016. São Paulo: Editora Cortez, 2018.
Construindo as Epistemologias do Sul. Antologia. Vol I. Buenos Aires: CLACSO, 2018.
Construindo as Epistemologias do Sul. Antologia. Vol II. Buenos Aires: CLACSO, 2018.
O fim do império cognitivo. Coimbra: Almedina, 2018.
Pneumatóforo. Escritos Políticos, 1981-2018. Coimbra: Almedina, 2018.
- Esquerdas do mundo, uni-vos! São Paulo: Boitempo, 2018.
As bifurcações da ordem. Revolução, cidade, campo e indignação. Coimbra: Almedina, 2017.
A difícil democracia. Reinventar as esquerdas. São Paulo: Boitempo, 2016.
As bifurcações da ordem. Revolução, cidade, campo e indignação. São Paulo: Cortez, 2016.
-  A justiça popular em Cabo Verde. Coimbra: Almedina, 2015.
A justiça popular em Cabo Verde. São Paulo: Editora Cortez, 2015. 
O direito dos oprimidos. São Paulo: Editora Cortez, 2014.
O direito dos oprimidos. Coimbra: Editora Almedina, 2014.
A cor do tempo quando foge. Uma história do presente – crônicas 1986-2013. São Paulo: Editora Cortez, 2014.
- Se Deus fosse um ativista dos direitos humanos. Coimbra: Editora Almedina, 2013.
- Se Deus fosse um ativista dos direitos humanos. 
São Paulo: Cortez Editora, 2013.

- Pela mão de Alice. O social e o político na pós-modernidade - 9ª edição, revista e aumentada. Coimbra: Almedina, 2013. Também publicado no Brasil, pela Editora Cortez (14ª edição, revista e aumentada).  

Lançamento do livro 

Afropean. Notes From Black Europe (Penguin, UK)

Um livro de viagem e fotografia que revela o continente europeu a partir de um conjunto de comunidades de origem africana, de Lisboa a Moscovo, passando Paris, Estocolmo, etc…O livro será publicado pela Editora Penguin, no Reino Unido, a 6 de junho.

Johny Pitts  é editor da AFROPEAN. Adventures in Black Europe. uma das mais influentes plataformas da cultura afrodescente na Europa.É atualmente colaborador da BBC, tendo trabalhado durante dez anos em televisão como escritor e apresentador, na MTV, Sky One, ITV, Channel 4 e Discovery Channel. É também um autor publicado e premiado (Decibel Penguin Prize para jovens escritores).

30.05.2019 | por martalanca | Boaventura Sousa Santos, NARRATIVAS AFRO-EUROPEIAS

METABOLIC RIFTS II

METABOLIC RIFTS é uma série de eventos organizados por PROSPECTIONS for Art, Education and Knowledge Production, uma assembleia peripatética de investigação em artes visuais e performativas, mobilizada por Alexandra Balona e Sofia Lemos. Ao investigar as ruturas do metabolismo nos sistemas da Terra, ancoradas em torno da lógica da acumulação capitalista e do modo como o raciocínio neoliberal corrompe as suas operações básicas de renovação, a assembleia encoraja abordagens transversais a fenómenos planetários.

Posicionamentos modernos e contemporâneos inscrevem o sujeito num presente fracturado de gestão financeira e desordem climática à escala planetária — desde as suas raízes “iluministas” até futuras rotas de extinção. Na atual era global, as narrativas soberanas, a identidade nacional e a produção curatorial perpetuam relações insustentáveis que condicionam intenções e afectações, reificando simultaneamente a distinção entre sujeitos e objetos. Quais as cesuras e contradições óbvias que operam nestes limites narrativos? De que forma se podem abordar urgências contemporâneas e protocolos de representação cujo predicado é indiscernível?

Na segunda assembleia METABOLIC RIFTS - 17 de fevereiro, no Porto - interrogamos morfologias do conhecimento, sistemas de colonização epistémica e de governança capitalista, bem como as presentes condições de delimitação política e corporativa que condicionam práticas curatoriais contemporâneas. Muito embora os projetos curatoriais possam produzir grandes narrativas ao serviço de agendas políticas inequívocas, estes têm também a potencialidade de descompactar as complexidades intrínsecas às próprias formas narrativas. Nesta assembleia, propomos projetos que vão além do contexto ou a ilustração e, por sua vez, investigam uma noção da curadoria produtora e implicada na descolonização do conhecimento.

A primeira assembleia realizada em 14 de outubro de 2017 no Museu de Arte Contemporânea de Serralves convidou os seus participantes a descompactar assimetrias basilares em questões de direito de propriedade, direitos humanos, economia ambiental, bem como nos processos de singularidade e do comum, reunindo a dramaturga Ana Vujanovic, a académica de estudos legais Brenna Bhandar, a teórica cultural Ana Teixeira Pinto e a politóloga Nikita Dhawan, em articulação com a apresentação das performances PRIVATE: Wear a mask when you talk to me (2016) e Private Song (2017), em estreia nacional, da artista Alexandra Bachzetsis.Através de um programa de encontros discursivos, exposições, performances e publicações, PROSPECTIONS propõe uma escavação de ortodoxias metodológicas, de modo a fomentar a investigação como um encontro implicado, aberto e dialógico, mobilizando teoria e prática em colaboração interdisciplinar, de forma a examinar narrativas e contendas sobre as origens e ficções do sujeito.

Programa - 17/2/2018 Teatro Rivoli, Porto

14h30 Abertura

15h00 Boaventura de Sousa Santos. Epistemologias do Sul: Descolonização da Arte e do Conhecimento

16h30 Pausa

17h00 Maria Iñigo Clavo. O nosso método é a nossa agência: Notas sobre a descolonização do conhecimento através do curatorial

18h00 Vivian Ziherl. 790 anos de Natural

19h00 Mesa redonda. Moderação: Alexandra Balona e Sofia Lemos20h30 Pausa

21h30 Fabrizio Terranova. Donna Haraway: Storytelling for Earthly Survival (2016, cor, som, 81min)

As palestras e o filme serão apresentados na íntegra em idioma inglês

04.02.2018 | por martalanca | Boaventura Sousa Santos, descolonizar pensamento, Donna Haraway, METABOLIC RIFTS

“Alice na cidade: Ciências Sociais, Rap e Mais”

O espetáculo “Alice na cidade: Ciências Sociais, Rap e Mais” dia 17 de junho, pelas 21h30, no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), em Coimbra. Este evento nasce da vontade de combinar arte e ciência, cruzando linguagens e razões/emoções que costumam andar desencontradas. Músicos, contadores de histórias, poetas, cientistas sociais ocuparão um palco que desafiará as fronteiras entre a cultura popular e a cultura erudita, as narrativas da universidade e da rua, as expressões da periferia e do centro. Rap, funk, kuduro, música cigana, histórias orais, slam poetry e outras poesias têm encontro marcado para uma ecologia de saberes imprevisível.  
“Alice na Cidade” surge no contexto do projeto Alice: Espelhos Estranhos, Lições Imprevistas, que tem como objetivo renovar o pensamento científico-social, desafiando a ciência a dialogar horizontalmente com outros conhecimentos e, nesse exercício de ecologia de saberes, contribuir para uma melhor compreensão do mundo e uma maior eficácia das lutas contra a exploração, a discriminação e a opressão. 

15.06.2016 | por martalanca | Boaventura Sousa Santos, CES, funk, histórias orais, kuduro, música cigana, rap, slam poetry