COMUNICADO do RDA 69 para subscrição pública

Têm surgido em órgãos de comunicação social diversas referências ao RDA69 e ao GAIA, que atribuem a estas associações e aos seus associados qualificativos como “radicais violentos”, “activistas anarquistas” ou “militantes perigosos”. Este conjunto de peças jornalísticas – nomeadamente as publicadas no Diário de Notícias e no Correio da Manhã - veicula várias informações falsas, com o intuito de criar um clima alarmista e permitir uma escalada repressiva contra os movimentos sociais.

Rejeitamos o processo de criminalização de indivíduos e grupos que integram o amplo movimento de contestação à austeridade e ao processo de devastação social em curso. Responsabilizamos o Governo e os defensores das imposições da troika pelas situações de violência ocorridas nas ruas das nossas cidades ao longo do último ano e meio. Confrontadas com uma resistência generalizada e uma gigantesca contestação popular, as autoridades desenvolvem uma grosseira encenação, em busca de bodes expiatórios, de maneira a encobrir o facto de se ter tornado insustentável o que ainda há pouco era apresentado como inevitável. O seu desespero é já um sinal da nossa força.

Repudiamos todas as tentativas de atribuir a uns poucos o que é da responsabilidade de todos. Somos tão radicais como os tempos que correm e o nosso único crime é a determinação com que continuaremos a resistir a todas as formas de injustiça e opressão. Violento é o desemprego e a exploração. Violenta é a miséria e a emigração forçada. Violenta é a ordem social que contestamos e a repressão que a sustenta.

Que se lixe a troika, queremos as nossas vidas.
RDA 69

 

23.09.2012 | por herminiobovino | comunicado, RDA, rda69

ONU critica Portugal por ensino 'inexato' do passado

Alunos não aprendem papel positivo das ex-colônias na história do país, afirma documento

16 de setembro de 2012 | 3h 04

Alunos portugueses estariam aprendendo uma versão “inexata” sobre o passado colonial do país. O alerta é da Organização das Nações Unidas (ONU), que adverte que o governo de Portugal não estaria explicando suficientemente nas salas de aula o papel positivo que as colônias tiveram na história do país.

 

A ONU aponta que, sem uma valorização da herança colonial, Portugal terá sérios problemas para combater o racismo, fenômeno que a organização afirma estar em plena expansão no país. Lisboa rejeita a crítica, apontando que Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade fazem parte dos autores obrigatórios nas escolas portuguesas (mais informações nesta página).

Um grupo de trabalho da ONU destinado a avaliar a questão racial no mundo dedicou parte do trabalho para analisar a situação em Portugal. O documento oficial produzido pelos especialistas será alvo de um debate, em Genebra, na quinta-feira, e já reabre velhas feridas sobre o passado colonial português.

O ensino da colonização seria a ponta de um iceberg. Segundo a ONU, “os negros no país europeu são marginalizados e excluídos socialmente e Lisboa precisa adotar uma estratégia de multiculturalismo”. Esse grupo, também o mais pobre na sociedade, é discriminado na administração pública, no sistema de Justiça e na busca por trabalho.

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21.09.2012 | por martalanca | Portugal, racismo. colonialismo

Fórum de Investigadores em Contextos Islâmicos

FICI
Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
17 e 18 de Janeiro de 2013

Organização: Joana Lucas (FCSH-UNL/CRIA) e Raquel Gil (ICS/CRIA) em associação com o Núcleo de Estudos em Contextos Islâmicos – CRIA.
No âmbito da Linha de Investigação “Práticas e Políticas da Cultura”

CALL FOR PAPERS
Do espanto à curiosidade. Estas duas palavras poderão resumir a transformação que se operou na última década em relação ao mundo árabe e islâmico, e que tem vindo a traduzir-se com especial ênfase nos domínios académicos. Ao mesmo tempo as fronteiras (as reais e as imaginárias) sofreram processos de dilatação e de contração e conceitos como o de diáspora e transnacionalismo ganharam novas leituras e centralidades nas pesquisas que desenvolvemos. Quer em contextos onde o Islão é maioritário – onde muitos jovens investigadores desenvolvem o seu trabalho – quer nas cidades onde vivemos, o Islão e os seus praticantes são hoje em dia sujeitos e objectos de diversas pesquisas académicas.

Contudo a compartimentação académica leva muitas vezes a que desconheçamos as investigações que se andam a consolidar, em Portugal e fora do país, onde jovens investigadores refletem e problematizam a partir dos seus textos/terrenos/arquivos/imagens onde o Islão e os muçulmanos se constituem como eixo de análise.

Este encontro/fórum pretende pois diluir as fronteiras académicas e pôr jovens investigadores em diálogo transversal independentemente do seu campo disciplinar, onde o leit motif único serão as suas pesquisas em contextos árabes e islâmicos. Convidamos pois, todos/as jovens investigadores/as a aceitar este desafio e a vir partilhar o seu trabalho e as suas reflexões neste encontro/fórum interdisciplinar.

Destinado a: Jovens investigadores (mestrandos, doutorandos, pós-doutorandos ou bolseiros em projectos de investigação) de Universidades portuguesas nas áreas das ciências sociais e humanas e estudos artísticos.

A proposta não deverá exceder as 250 palavras e deverá conter:
. Nome do autor
. Título da comunicação
. Filiação académica
. Grau académico

Data limite para o envio dos resumos: 30 de Setembro de 2012.
Para o correio electrónico neci.cria@gmail.com
Mais informações: http://necicria.wordpress.com/

19.09.2012 | por herminiobovino | forum, fórum cultural, islão

A utopia da lei - Gonçalo Mabunda (Galeria Bozart, Lisboa)

Eis-me aqui,
Gonçalo Mabunda,
metalmorfoseando
e esculpindo
a arquitectura dos sonhos na “Utopia da Lei”
Sabem, por vezes apetece deixar-me andar
e, já que a LEI não protege mesmo,
porque não ser um Homem sem Direitos? …

Gonçalo Mabunda

Gonçalo tem usado armas desactivadas da guerra civil de Moçambique, que durou 16 anos. Família, amigos, morreram durante esta guerra e cada obra sua é concebida para representar alguém que foi morto com esse mesmo material. Segundo as suas palavras “Se destruirmos as armas, elas não voltarão a matar”. Entre os seus trabalhos mais famosos, destaca-se a “Cadeira Tribal Africana”. É inspirada nas tradições étnicas africanas e representa uma crítica aos vários governos deste continente que constantemente manipulam conflitos armados para reforçar o seu próprio poder.

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I’m here,
Gonçalo Mabunda
metalmorphosing
and sculpting
the architecture of dreams in the “Utopia of the Law”
You know, sometimes I feel like letting it go,
and, because the LAW does not realy protect,
why not be a Man without Rights? …

Gonçalo Mabunda

Gonçalo has been using desactivated weapons from the 16-year-long Mozambique civil war. Family, friends died during this war and his work tries to represent each person who died with this same material. In his words, “if we destroy the weapons, the same weapon’s not going to kill any more”. Among his most famous works there is the “African Tribal Chair”. It is inspired by african ethnic traditions and represents a critic to the several governments within Africa, who often manipulate armed conflicts to reinforce their own power.

web
press realease

19.09.2012 | por herminiobovino | arte contemporânea africana, arte moçambicana, exposição escultura

Performance de Poesia e música

Dia 20 de setembro
Quinta-feira | 20:30

Performance poético-musical, com Ondjaki e Marcello Magdaleno.
No Espaço Sérgio Porto.
(rj ­ humaitá)

“Sobre o mar: poesias”

foto Cláudia Dantasfoto Cláudia Dantas

18.09.2012 | por herminiobovino | música, poesia, poesia angolana

Africa aims for the final frontier

Artist Kiluanji Kia Henda photographed iconic structures around Luanda and recast them as components of an imaginary space programme. Here the mausoleum of Angola's first President Antonio Agostinho Neto is described as spaceship Icarus 13. Photo courtesy Galleria Fonti NaplesArtist Kiluanji Kia Henda photographed iconic structures around Luanda and recast them as components of an imaginary space programme. Here the mausoleum of Angola's first President Antonio Agostinho Neto is described as spaceship Icarus 13. Photo courtesy Galleria Fonti Naples

The space shuttle Icarus 13, with its slender spires and massive flared base, is parked by the seafront a few blocks from downtown Luanda, the capital of Angola. But the shuttle will never leave the oil-rich west African country for the weightless serenity of space — Icarus 13 is not really a space ship, it is a mausoleum, an art project, a constructivist gesture in concrete. “My idea for ‘Icarus13’ has a lot to do with the idea of celebration, but at the same time, the failure of many post-independent African nations,” wrote Kiluanji Kia Henda, the Angolan artist behind Icarus 13, in an e-mail. Mr. Kia Henda took photographs of iconic buildings around Luanda and recast them as components of an utterly imaginary pan-African space mission: an abandoned building was photographed to look like an astronomy observatory; the Soviet-funded mausoleum of Antonio Agostinho Neto, Angola’s first President and Kremlin ally, became “Icarus 13” — a spaceship that would take an all-African crew on a fantastical journey to the sun. “The misery of many African societies forces us to be submitted on the present and basic issues,” said Mr. Kia Henda. “For me it is also important to find a new approach on the reading of African contemporary creation.” Last week, a gathering of Communication Ministers in Khartoum considered a proposal not dissimilar from Mr. Kia Henda’s art: if realised, Afrispace will be a pan-African space agency committed to “promote, for exclusively peaceful purposes, cooperation among African states in space research.” The announcement triggered a wave of chatter on social networks with many, predominantly western, commentators implying that African governments could better serve their citizens by investing in anti-poverty measures. Yet, much like Mr. Kia Henda’s art, the continent’s policymakers believe they must think beyond the immediacy of the present and support transformational technology. “A pan-African space programme that is well aligned to bring immense benefit to the needs on the continent will have significant economic impact,” said Vanashree Maharaj, spokesperson for the South African National Space Agency (Sansa), adding that countries too poor to invest in space technologies would benefit from access to satellite data to improve environmental resource and disaster management, and could contribute to scientific knowledge. Apart from the absence of the sort of detailed geological and climatic data that satellites could provide, African nations are also hamstrung by some of the world’s most expensive yet rudimentary telecommunication infrastructure. At present, the entire continent has less bandwidth than Norway; almost all of which comes from 20-odd communication satellites, positioned over Africa, that are owned by non-African companies. “Space technologies…provide commercial opportunities and strategic advantages for a tiny minority of countries controlling them,” claims an Afrispace working paper. Space technologies can be divided into the rocket science needed to put a satellite in space, and the earth station know-how necessary to make full use of the satellite once it is in orbit. “No African nation has the ability to launch a satellite even though Africa has a massive advantage having land on the equator, meaning lower costs for getting into orbit,” said Brad Inggs, CEO of Orbital Horizon, a South African company investing in commercial space flight and space advocacy. Launching from equatorial sites, Mr. Inggs said, could result in fuel savings of up to 25 per cent when compared to launch-pads further north. At present, countries like Ghana, South Africa, and Nigeria are investing in ground stations rather than rockets. While Ghana has set up the Ghana Space and Technology Centre that hopes to become a regional focal point for remote sensing, meteorological and communication technologies, Nigeria launched three satellites last year. The NigComSat-1R communication satellite was built with Chinese support, while a British company built the NigeriaSat-2 and NigeriaSat-X imaging satellites. All three were launched from foreign launch pads. Rather than each country investing in its own programmes, Michael Afful, spokesperson for Ghana’s Space Generation Advisory Council, believes that a pan-African approach “will allow for the sharing of risks and costs and ensure the availability of skilled and sufficient human resources. It will also ensure a critical size of geographical area and population required … for some space applications.” Yet, the greatest obstacles to Afrispace could be political and institutional rather than technological, says Chandrashekar Srinivasan who worked at the Indian Space Research Organisation (ISRO) at a time when many questioned the premise of a developing country like India investing in space research. “A number of detailed cost benefit studies have indicated that the benefits of the [Indian space] programme far outweigh the costs,” said Prof. Chandrashekar, now a Professor of Corporate Strategy and Policy at the Indian Institute of Management in Bangalore. “Africa as a whole is a viable entity for a space programme, [but] it is difficult to get a group of countries at different stages of development and with different capabilities and internal needs to work together.” While a lot of the technology can now be bought off the shelf rather than built from scratch, Prof. Chandrashekar believes the interface between technology and good governance is the most critical infrastructure. “This aspect is pretty bad even in India today,” he said. If it is to succeed, Afrispace must build institutions to leverage scientific infrastructure into development gains, or metaphorically risk becoming a mausoleum like Icarus 13.

 

From The Hindu

17.09.2012 | por martalanca | icarus, kiluanji kia henda

Nova Galeria Buala de Zanele Muholi

Fragmentos de uma nova história

A obra de Zanele Muholi é, segundo as suas próprias palavras, um trabalho de “activismo visual”. Todo o seu empenho e luta, de carácter profundamente político, consiste em dar visibilidade à comunidade negra de lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e intersexuais. Muholi  sente-se emocionalmente ligada a esta comunidade à qual pertence e pela qual luta e revê a sua própria construção identitária, conseguindo, através das suas imagens, romper com alguns estereótipos e ideias fixas que perduram, não só no nosso imaginário ocidental, como no seu país, a jovem democracia sul-africana, bem como no continente africano em geral.

ver +

14.09.2012 | por franciscabagulho | arte contemporânea, Fotografia Africana, LGBTQI

As noites de domingo (in)continente estão de volta ao BARTÔ!

23 de setembro

DJALI BABA CANUTÉ

Músico, cantor e compositor com 35 anos de carreira, sendo uma das referências do panorama musical guineense, especialmente pela sua participação na grande orquestra Super Mama Djombo, o projecto histórico que percorreu os 4 cantos do mundo, no qual participaram muitos dos grandes músicos da Guiné Bissau.

Para esta grande noite vai contar com a participação de uma banda suporte constituída por cinco óptimos músicos guineenses: WIÉ (na bataria), NENE MATEUS (na viola baixo), KABUM (na djémbe), GALISSA (na kora), SIDIA BAIÓ (na viola solo), convidado especial: NDARA SUMANÓ.

30 domingo (In)continente

Boubacar Djabaté com Tamala de Tabato

Bubacar Djabaté é de Tabato, uma aldeia de griots no leste da Guiné-Bissau, onde aprendeu com a sua família a cantar e a tocar balafon (xilofone mandinga), djembe e cabaça. A sua música inclui repertório tradicional mandinga, composições próprias e traduz a herança da cultura guineense e as suas várias influências musicais. Reside em Portugal desde 2005 e promete animar mais uma noite africana do barto.

 

Boubacar Djabate- balafon, cabaça e voz principal; Ibu Galisa – kora;  Nene Mateus -guitarra, baixo; Lay Traware - percussão

 

 

a partir das 22h - ENTRADA LIVRE 

+ info no blog zona franca 

09.09.2012 | por martalanca | bartô, música africana

Exposição coletiva de artistas plásticos santomenses AMESTERDÃO

7 de Outubro de 2012

Em resultado de uma parceria entre a Fundação ROÇAMUNDO e a Fundação Stichting Support STP, a CACAU promove uma exposição colectiva de artistas santomenses na galeria ARTVISIE, em Amesterdão, nos meses de outubro e novembro de 2012.

A CACAU convidou todos os artistas plásticos a participarem nesta iniciativa e do conjunto das suas obras serão seleccionadas 26.

O comissário da exposição é o artista plástico santomense Olavo Amado.

O escultor Geane Castro estará em residência artística em Amesterdão a partir de finais de agosto para produzir obras para a exposição.

Os artistas Olavo Amado, Geane Castro, e o que será seleccionado, representarão o conjunto dos artistas santomenses na inauguração da exposição.

Todos os artistas interessados tiveram acesso à bolsa de materiais específicos para pintura  da CACAU.

árvores da esperançaárvores da esperança

O objectivo desta iniciativa é desafiar os artistas santomenses a produzirem trabalhos com qualidade para serem divulgados internacionalmente. É objetivo também facilitar a integração dos artistas na rede dos artistas plásticos do mundo de modo a poderem beneficiar de residências de arte, intercâmbio de artistas, formações e actualizações.

 Website da galeria: www.artvisie.com I Nieuwe Spiegelstraat 57 I  1017 DD Amsterdam 

07.09.2012 | por martalanca | Olavo Amado

Nova edição da Boca apresenta-se este sábado: "Contatinas" de Luís Correia Carmelo, com a participação de Nuno Morão

depois da auspiciosa ante-estreia de Contatinas nas Palavras Andarilhas, em Beja, Luís Correia Carmelo e Nuno Morão apresentam-nas agora em Lisboa, no Bar da Barraca, no âmbito do Terra Incógnita — I Festival Internacional de Contos de Lisboa.
É já este sábado, dia 8 de Setembro, pelas 23h32, com entrada livre.
Nesse mesmo dia, o audiolivro (em versão digital) destes contos à concertina estará disponível para compra no site da Boca. Será o 4º título da colecção “HOT - Histórias Oralmente Transmissíveis, através da qual a Boca, em parceria com o IELT - Instituto de Estudos de Literatura Tradicional, pretende registar e actualizar os vários géneros da literatura de tradição oral, homenageando os nossos melhores contadores.

06.09.2012 | por martalanca | boca, contos