QUA 18 Abril, 21h // FILME + DEBATE Quem vai à guerra, no CCIF (Lisboa)

Na próxima quarta-feira, 18 de Abril, pelas 21h, o Centro de Cultura e Intervenção Feminista recebe o documentário QUEM VAI À GUERRA, um filme de Marta Pessoa que nos traz um discurso feminino sobre a guerra colonial.
Segue-se debate e temos o privilégio de contar com a participação da realizadora.

16.04.2012 | por martalanca | guerra colonial

Seminário de Estudos Africanos

A comunicação do risco ambiental em África. O caso “Bypass-Mozal” de Moçambique.
Luca Bussotti CEA-IUL

Esta comunicação pretende analisar as dinâmicas sociais resultantes do caso “Bypass-Mozal”. Durante 133 dias, a Mozal trabalhou sem filtros, aumentando o nível depoluição atmosférica nas áreas nos arredores das suas instalações. A partir dessa “crise”, e com base nas teorias da “Social Amplification of Risk”, a comunicação pretende demonstrar como se chegou a uma crise “sistémica” (usando uma expressão de Habermas), cuja base assenta na falta de confiança entre os actores sociais envolvidos no processo: empresas, políticos, associações, população e media.

18 Abril | 
18:00 | Auditório B203, Edifício II
Centro de Estudos Africanos - ISCTE/IUL
Av. das Forças Armadas
Edifício ISCTE, Sala 2N17
1649-026 Lisboa – Portugal
Tel. | +351 217 903 067
Fax | +351 217 955 361
web
facebook

15.04.2012 | por herminiobovino | Estudos Africanos, seminário

Alfredo Margarido: um pensador livre e crítico

EXPOSIÇÃO | Biblioteca Nacional de Portugal | Sala de Exposições - Piso 2 | Entrada livre | até 31 Maio. Homenagem à figura multifacetada de Alfredo Margarido,  comissariada por Isabel Castro Henriques.

Professor, ensaísta, crítico literário, ficcionista, poeta, jornalista, tradutor, artista plástico, historiador, antropólogo, sociólogo, politólogo, Alfredo Margarido (1928, Moimenta, Vinhais - 2010, Lisboa) foi “um dos pensadores mais lúcidos da nossa realidade… observação que imediatamente se vai transformando em conhecimento, saber e discurso” (Perfecto Cuadrado, 2007).
Viveu em Bragança a sua infância, depois Viana do Castelo, o Porto, Lisboa e as prisões da PIDE, tendo-se instalado em meados dos anos 50 em São Tomé e Príncipe e depois em Angola. Expulso deste território pela polícia política, regressou a Lisboa em 1958, onde dirigiu o “Diário Ilustrado”, trabalhou na Guimarães Editora e fez crítica literária, utilizando a palavra para denunciar o regime, o que lhe valeumais e mais prisão. Foi um dos mais destacados intelectuais ligados à Casa dos Estudantes do Império (CEI) para a qual organizou, nos anos 60, antologias de poetas angolanos, moçambicanos e são-tomenses, tendo sido activo colaborador da Mensagem, o boletim da CEI.
O exílio levou-o para Paris (1964) onde se formou em Sociologia na École Pratique des Hautes Études, mais tarde École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), cujos quadros veio a integrar como investigador. Enquanto professor leccionou em várias universidades francesas, em Paris, Vincennes, Amiens, e após o 25 de Abril de 1974, em Lisboa e no Brasil, continuando a sua actividade docente em Paris, na EHESS e na Universidade de Paris I Panthéon-Sorbonne.

Da sua vasta obra, muita da qual dispersa por obras colectivas – estudos, capítulos, introduções, prefácios, postfácios –, jornais e revistas culturais e científicas, nacionais e estrangeiros, destaque-se, no ensaio, Teixeira de Pascoais (1961), Negritude e Humanismo (1964), Jean-Paul Sartre (1965), A Introdução do Marxismo em Portugal (1975), Estudos Sobre as Literaturas das Nações Africanas de Língua Portuguesa (1980), Plantas e Conhecimento do Mundo nos Séculos XV e XVI (1989), As Surpresas da Flora no Tempo dos Descobrimentos (1994) ou A Lusofonia e os Lusófonos: novos mitos portugueses (2000). Na poesia publicou Poemas com Rosas (1953) e Poema Para Uma Bailarina Negra (1958). Na ficção, integrou-se na tendência do nouveau roman, publicando No Fundo Deste Canal (1960), Centopeia (1961) e As Portas Ausentes (1963). Com Artur Portela Filho preparou O Novo Romance (1962) texto divulgador dessa tendência literária. Investigador da cultura portuguesa, estudou Fernando Pessoa, mas igualmente Camões ou Jorge de Sena; também as problemáticas africanas estão presentes numa obra ensaística e crítica, multidisciplinar e incontornável, bem como na sua intervenção cívica. Traduziu James Joyce, Nathalie Sarrautte, Jonh Steinbeck, Nietzsche ou Herman Melville. Uma parte da sua obra plástica foi reunida em 33+9 Leituras Plásticas de Fernando Pessoa (1988) e em Obra Plástica de Alfredo Margarido (2007).

15.04.2012 | por franciscabagulho | Alfredo Margarido, Casa dos Estudantes do Império, Mensagem

Nastio Mosquito : Bebi Beberei Bebendo

acabadinho de sair…

 

Nástio Mosquito é um dos mais talentosos artistas angolanos, um músico contemporâneo bem à medida da sonoridade em que vivemos. É um homem de várias artes, sentindo-se em casa no palco como performance artist, ou como contador de histórias e leitor de poemas, ou mesmo como a voz detrás do microfone, liricamente discursando por cima de um beat.
O álbum “DEIXA-ME ENTRAR” conta com 5 temas, 5 vídeos e alguns extras custa mil kwanzas. 

14.04.2012 | por martalanca | Nástio Mosquito

Houve um tempo na baixa de Kassange

Na Baixa de Kassanje…

Houve um tempo

na Baixa de Kassanje

em que o algodão branco

era roxo de fome e sangue…

houve um tempo 

de morte e revolta

na Baixa de Kassanje

as lavras 
- dizem os mais-velhos

cheiravam a kimbos queimados

e napalm….

Namibiano Ferreira   em poesia de angola


 Uma breve palavra sobre o que foi a Revolta da Baixa de Kassanje (província de Malanje - Angola):

A 4 de Janeiro de 1961 mais de mil camponeses da ex-Companhia de Algodão de Angola (Cotonang), foram barbaramente assassinados pelo exército colonial português ao exigirem a isenção de pagamento de impostos e a abolição do trabalho forçado.
Os acontecimentos, que se estenderam a toda a região da Baixa de Kassanje até Março do mesmo ano, envolveram milhares de tropas e polícias, que chegaram a utilizar a aviação para reprimir os manifestantes. Diz-se também que napalm…

13.04.2012 | por martalanca | guerra colonal, Malnge

O QUE É SER NEGRO NO TEATRO? no Câmara Clara, RTP2

PRÓXIMO PROGRAMA
15 DE ABRIL, 2012
O QUE É SER NEGRO NO TEATRO?

CONVIDADOS: ROGÉRIO DE CARVALHO E ZIA SOARES
Um dos mais prestigiados decanos da encenação em Portugal, Rogério de Carvalho, é negro. A atriz e encenadora Zia Soares é negra. Juntos integram a equipa que está a montar Faz Escuro Nos Olhos, um espetáculo intenso em que dos seis atores em cena, cinco são negros. Um caso muito raro em Portugal. Em Portugal, os atores negros raramente são escolhidos para trabalhos em telenovelas ou peças de teatro ou filmes. E das poucas vezes em que o são, são-no para fazerem de escravos, ou de criados, ou de qualquer outro estereótipo sobre o que é ser “negro”. A Associação Cultural Griot foi criada para ultrapassar esta situação. Uma conversa intensa sobre discriminação e humanidade, teatro e vida, Portugal e a África de língua portuguesa.

13.04.2012 | por martalanca | negro, teatro

LATE AT TATE: Tatiana Macedo and Paul Goodwin In Conversation, Friday 13th April

SCREENING & DISCUSSION
Duffield Room, TATE BRITAIN

Part of Late at Tate, Friday April 13, 2012 19.00-20.00
Tatiana Macedo is currently working on a new film project crossing the fields of art, cinema and visual anthropology in which she collaborated with Tate staff and filmed throughout the Tate gallery spaces.
A short work-in-progress extract of her film made for the occasion will be screened followed by a discussion with curator Paul Goodwin about the relationship between ethnography and visual art, the ethno-poetics of the body in film art as well as the story of Tatiana’s unique experience of making the film in collaboration with Tate staff.

Tatiana Macedo born in Lisbon 1981, lives and works in London, Amsterdam and Lisbon. Tatiana is a Visual Artist who graduated from a BA Fine Arts at Central St. Martins College of Art & Design in 2004. She has been showing and publishing her work internationally since then. Macedo has recently finished her Post Graduate Studies leading to a Masters Degree in Visual Anthropology and is working on her first feature film.

Paul Goodwin is a curator and urban theorist based in London. His pioneering Conversation Pieces artist talks and performance series at Tate Britain (2008-2010) engaged a diverse range of contemporary art practices in dialogue with the Tate collection, including the work of artists Alia Syed, Boyle&Shaw, Laura Oldfield Ford, Leo Asemota, Susan Stockwell, The Otolith Group, Raimi Gbadamosi, Maria Kheirkha and Nada Prlja.

Image: Copyright, Tatiana Macedo, 2012

13.04.2012 | por martalanca | Paul Goodwin, Tatiana Macedo