O cão, os caluandas e um autor em cima da árvore - pequenas ousadias sobre o texto de Pepetela

O livro Portanto… Pepetela, organizado por Rita Chaves e Tânia Macedo, traz, na seção Pepetela pela sua voz (fragmentos de entrevistas e um discurso), várias falas do escritor angolano, uma delas uma declaração dada a Michel Laban sobre O Cão e os Caluandas: […] Agora, de qualquer modo, digamos, os aspectos críticos que aparecem nesse livro não são fundamentalmente críticas estruturais, são de comportamentos – que eu considerava, e considero, comportamentos errados… E aí já a conciliação é mais possível – é vista em termos de militante, militante que critica comportamentos errados. De maneira que havia o fim de atingir um objetivo – objetivo esse que o governo percebe, também. A conciliação fazia-se a esse nível (2002, p. 35). Laura Padilha, em seu estudo sobre o lugar da ancestralidade na ficção angolana do século XX, inclui o texto de Pepetela, precisamente a novela O Cão e os Caluandas, em uma vertente dessa ficção que “se caracteriza pelo adensamento do olhar, sobretudo pela discussão do papel histórico do oprimido e das formas arbitrárias de exercício das várias facetas do poder” (2007, p. 211).

Nos textos dessa vertente, segundo ela, acontece “um diálogo claro entre a ficção e a história” (p. 211). Sobre história e ficção trata Francisco Rui Cádima, da Universidade Nova de Lisboa, em seu artigo História, Tempo e Media, de 1999. Cádima cita o texto de Barthes, O discurso da história, o qual diz: “no fundo, é na permuta entre história e ficção que a nossa historicidade é levada à linguagem” (1999, fl. 9) e estabelecendo um breve percurso da história-crônica à história-ciência. Nesse trajeto, situa a emergência dos primeiros sinais de mudança de uma concepção que entendia a história como inquestionável “a partir da Escola dos Anais, com Lucien Febvre e Marc Bloch, que publicam a partir de 1929 os Anais de História Econômica e Social” (fl. 5). Cádima desenvolve a questão da história tendo como fonte de registro acontecimentos e documentos, para ele “dois conceitos inultrapassáveis na redefinição do quadro conceptual da epistemologia da história” (fl. 7). Com base em estudos de Paul Ricoeur sobre a qualidade temporal da experiência como referente comum da história e da ficção, reflete: “a narrativa é ainda guardiã do tempo humano e é a história enquanto narrativa que reinscreve o tempo vivido sobre o tempo cósmico e a memória, cabendo à ficção resolver o que é negligenciado pelo tempo vivido. O mesmo é dizer, se a dimensão mimética da ficção conduz ao essencial, a dimensão ficcional da história conduz ao possível” (fl. 9).

Armindo Lopes V Bienal de S. Tomé e PríncipeArmindo Lopes V Bienal de S. Tomé e Príncipe

Essa comunicação pretende investigar, portanto, dentro das suas possibilidades, algumas linhas do diálogo entre ficção e história estabelecido por Pepetela em O Cão e os Caluandas. A novela principia por um aviso ao leitor, explicitando como o autor recolheu as informações para reconstituir as andanças de um cão pastor-alemão por Luanda, andanças essas reveladoras do cotidiano dos habitantes da cidade, os caluandas: “foi preciso um inquérito rigoroso, muitas solas gastas, a procurar as pessoas e, sobretudo, convencê-las a falar, a escrever, ou a darem-me na candonga fotocópias de documentos” (PEPETELA, 1985, p. 9). O autor do aviso, um autor-personagem, reconstitui a história por acontecimentos e documentos, conceitos explorados por Cádima, numa ação que se desenrola nos anos de 1980 e seguintes, “século sibilino” (p. 9). Anos pós-independência.

Os registros orais e escritos são depoimentos, na primeira pessoa, a partir da experiência dos narradores. Os depoimentos orais são gravados pelo autor-personagem. Os escritos têm a forma de cartas, na sua maior parte, um deles tem a forma de conto e é escrito por um amigo desse autor, também na primeira pessoa. Todos relatam as andanças do cão pastor-alemão, aos olhos do leitor formam uma fotografia do cotidiano dos habitantes de Luanda descrita pela memória dos que conviveram com o cão. Em Conversa com um informador pouco cooperativo, um dos episódios da novela, o autor-personagem declara: “Do que aprendi no curso do meu inquérito, o cão suscita sempre uma situação que as pessoas não esquecem. E quando falam do cão, explicam coisas interessantes” (p. 159).

Segundo a tipologia de Norman Friedman, descrita em O Foco Narrativo, de Ligia Chiappinni Moraes Leite, nesses depoimentos estamos diante de um narrador-testemunha. Tal narrador em primeira pessoa “é um eu já interno à narrativa, que vive os acontecimentos aí descritos como personagem secundária que pode observar, desde dentro, os acontecimentos, e, portanto, dá-los ao leitor de modo mais direto, mais verossímil” (p. 37). O foco da narração é discutido pelo autor-personagem em variados momentos, sendo a multiplicidade de narradores, assim como seus focos de abordagem da narrativa, o que possibilita a esse autor a reconstrução da história do cão e dos caluandas a partir de uma verdade que emerge do coletivo.  Por vezes, não muitas, e disso falaremos adiante, o autor-personagem assume a narrativa. Uma feita, por não poder deixar o relato aos protagonistas da cena, o autor dá o seu testemunho: “as personagens nunca poderiam revelar o segredo sem cairmos na inverossimilhança” (p. 53). Em outro momento, ele reflete sobre a (in)conveniência  de ser, ele próprio, o narrador: “é mais cômodo e prudente deixar cada um contar, ele é que se torna responsável pelas suas palavras” (p. 93).

Outros episódios da novela se constituem de textos dramáticos em que, ainda segundo Friedman, são eliminados autor e narrador: “eliminam-se os estados mentais e limita-se a informação ao que os personagens falam ou fazem, como no teatro” (LEITE, 1985, p. 58). Com relação ao foco, Friedman assinala que “o ângulo é frontal e fixo, e a distância entre a história e o leitor, pequena, já que o texto se faz por uma sucessão de cenas” (1985, p. 58). Também pequena é essa distância no caso dos narradores-testemunhas e seus depoimentos, pois que também dados pela reconstituição de cenas. Ressaltamos, aqui, o início do aviso ao leitor, onde cena é a palavra eleita pelo autor para nomear o que será narrado.

Quanto à documentação levantada pelo autor-personagem, listamos informações jornalísticas e discurso burocrático em forma de ata de reunião, requerimento, despacho, pareceres, relatório policial. Alguns documentos, como a ata de reunião e informação jornalística, trazem em si a narração de fatos por um narrador que consideramos próximo ao narrador-testemunha. Outros, como, por exemplo, os documentos constituintes do episódio Que raiva!, uma crítica violenta à burocracia, são ações provocadas pelo cão pastor-alemão, no caso um requerimento para vacinação de cães seguido por uma série de pareceres e um despacho. A paródia é, então, a solução utilizada para manter a proximidade da história com o leitor. Não só no episódio citado como na maioria dos episódios em que são transcritos documentos.

Até aqui analisamos o inventário feito pelo autor-personagem para reconstituir a história do cão. Esse inventário cumpre o papel da história, levantado por Cádima, de conduzir ao possível. Daqui em diante, pretendemos discutir a busca pelo essencial na novela O Cão e os Caluandas, papel que, segundo Cádima, fica a cargo da ficção. Nessa parte, julgamos fundamental a participação do leitor. O próprio texto d’ O Cão e os Caluandas clama por tal participação, ao longo da novela, inúmeras vezes, a o leitor é chamado a participar.

Cabe à figura do autor-personagem, junto com o leitor, costurar esse essencial. Ao autor cabe o início e o fim do texto da história, sua estruturação: “me resumi a por em forma publicável” (PEPETELA, 1985, p. 9). Para isso, conforme antes mencionado, algumas vezes, poucas, ele sente precisar “tomar o comando das operações”(p. 53). Ou por ser dele próprio o testemunho da cena ou porque tantas as versões que tem de haver uma: “à falta de melhor, a minha (dele, autor)” (p. 94).

 

Retornamos à questão do foco narrativo ou perspectiva narrativa, de que tomamos a definição de Carlos Reis e Ana Cristina Lopes: “designação importada do domínio das artes plásticas para referir o conjunto de procedimentos da focalização que muitas vezes contribuem para a estruturação do discurso narrativo” (REIS & LOPES, 1996, p. 323).

Transcrevemos, a respeito, as palavras do autor-personagem sobre as diferentes versões de um fato: “a verdade é como um diamante, reflete a luz do Sol de mil maneiras, depende da faceta virada para nós” (PEPETELA, 1985, p. 93). E elegemos, assim, como caminho para a busca do essencial de uma história escrita por múltiplos narradores, essa ponte estabelecida entre verdade e foco narrativo, pontos de vista. O essencial seria, portanto, a verdade da história, a que afirmamos emergir do coletivo.

Armindo LopesArmindo Lopes

Enfim, o que é a verdade? Ligia Chiappini Moraes Leite, em O Foco Narrativo, pondera que “quem narra, narra o que viu, o que viveu, o que testemunhou, mas também o que imaginou, o que sonhou, o que desejou. Por isso, narração e ficção praticamente nascem juntas” (1985, p. 6). Marilena Chauí, em Convite à Filosofia, diz que “a verdade depende, de um lado, da veracidade, da memória e da acuidade mental de quem fala e, de outro, de que o enunciado corresponda aos fatos acontecidos. A verdade não se refere à própria coisa e aos próprios fatos […], mas ao relato e ao enunciado, à linguagem” (1999, p. 99). Ao debate que tais definições possam provocar, acrescentamos o pensamento de Nietzsche:

O que é a verdade, portanto? Um batalhão móvel de metáforas, metonímias, antropomorfismos, enfim, uma soma de relações humanas, que foram enfatizadas poética e retoricamente, transpostas, enfeitadas, e que, após longo uso, parecem a um povo sólidas, canônicas e obrigatórias: as verdades são ilusões, das quais se esqueceu que o são, metáforas que se tornaram gastas e sem força sensível, moedas que perderam sua efígie e agora só entram em consideração como metal, não mais como moedas (1974, p. 56).

Que verdade pretende o texto de Pepetela ao desnudar questões fundamentais relacionadas ao projeto de reconstrução da nacionalidade? Que verdade lê seu leitor? Fazemos aqui um parênteses para destacar um outro núcleo de que se compõe, ainda, a novela O Cão e os Caluandas, uma narrativa em paralelo à história levantada pelo autor-personagem: o diário de uma menina, dona e amiga do cão pastor-alemão. Esse diário descreve uma buganvília crescendo sem parar e sufocando tanto quanto a nova ordem e os valores que se instalam entre os caluandas no período pós-independência. Laura Padilha mostra que “no núcleo lírico do diário da menina, aparece invertida a alegoria da buganvília que deve ser lida em relação direta com os textos das décadas anteriores” (2007, p. 223). Do poema O grande desafio, de Antonio Jacinto, anterior ao texto de Pepetela, diz que a buganvília aparecia como signo de esperança e felicidade: “Quando as buganvílias alegremente florirem […]/[…] vamos fazer então um grande desafio […]” (p. 189). E no texto de Pepetela, a buganvília se faz signo de “ameaça e destruição” (p. 189). Voltando ao autor-personagem, quando ele toma o comando das operações e, em suas palavras, se dá o prazer supremo de escrever na terceira pessoa, ainda que permanecendo no lugar de testemunha da cena, esse autor diz “que por acaso estava em cima duma árvore, a sonhar com uma toninha espadeirando espuma pelos oceanos da vida” (p. 53). Laura Padilha, ao tratar da ficção angolana do século XX, pontua a tendência dessa ficção tomar como ponto de partida o imaginário angolano, estabelecendo elos com a ficção popular. A toninha, surgindo como imagem da esperança e descrita no aviso ao leitor como um “ser todo de espuma, algas como cabelos” (p. 10), se assemelha à imagem da kianda, deusa angolana que, dentre outras formas, “pode ser representada por um peixe” (SECCO, 2000, p. 6) e de cujo grito se pode dizer que “alerta para a urgência de reavivar a memória do que é genuinamente angolano” (p. 60) conforme sugerido pelo poema O Marinheiro, de João Melo, incluído na Antologia do Mar na Poesia Africana de Língua Portuguesa do Século XX, Angola.

Chamamos a atenção para esse autor-personagem em cima da árvore. Ao recolher o material que reconstitui a história das andanças do cão por entre os caluandas, ele compartilha o foco narrativo dos outros narradores, ou seja, tem os pés em terra firme: situam-se todos em um só plano. Mesmo em Primeiro Episódio: onde o autor é obrigado a retratar-se, é provocado por uma notícia de jornal, pés no chão, que esse autor tenta passar ao seu leitor a sua busca: “qual então o fio da história? O cão? A toninha? O mar? Luanda? Ou tudo isso e que afinal era a vida boa daqueles tempos pouco depois da independência (anos hoje acinzentados pelos anos)…” (PEPETELA, 1985, p. 179). O autor decreta ser esse o primeiro episódio do seu livro que, propõe ao leitor, seja lido de trás para frente. Nesse primeiro episódio o autor-personagem vai além da história, do papel de responsável por colocar a história em forma publicável, e expõe o que julga essencial.     

De cima da árvore, uma árvore para lá da Corimba, perto do Morro dos Veados, o autor enxerga a toninha/ esperança, por uma única vez vê o cão. De cima dessa mesma árvore, um imbondeiro, “anos depois dos acontecimentos anteriormente relatados (ou posteriormente, tanto faz)” (p. 181), ele tem um sonho e faz nova proposta de início para seu livro, o Primeiro Episódio: outra versão possível. De cima da árvore, focando do alto, o autor pode dar nova costura à história juntando os relatos do diário da menina aos relatos das andanças do cão recolhidos no distante ano de 1980 e nos seguintes. Os dois núcleos de O Cão e os Caluandas passam, efetivamente, a constituir um todo. O cão trava luta mortal com a buganvília, ajudado por trabalhadores bailundos, forte presença no diário e mais uma referência à tradição. Morre, depois, na areia de um ancoradouro, “procurando, num gesto para lá do mar, o vulto duma toninha, algas como cabelos?” (p. 186). De novo o autor vai além da história para apontar a esperança/ utopia na figura da toninha.

Nesses dois episódios, em que o autor está no topo da árvore, é solicitada a palavra do leitor para continuidade do texto. O texto só se completa, portanto, com o leitor, na soma de escritura e leitura. O essencial será desvendado num terceiro texto, encontro do texto do autor (escritor) com o do leitor. Consideramos que, para cumprir o papel de conduzir ao essencial levantado por Cádima, a ficção se faz nessa junção de textos, de falas. Dessa junção emerge a verdade do texto. Barthes afirma que “cada ficção é sustentada por um falar social’’ (1987, p. 38) e que “estamos todos presos na verdade das linguagens, quer dizer, em sua regionalidade” (p. 39). Essa regionalidade, por sua vez, a experiência de cada um, pode ser explicada pelo seguinte pensamento de Nietzsche: Assim como os romanos e etruscos retalhavam o céu com rígidas linhas matemáticas e em um espaço assim delimitado confinavam um deus, como em um templo, assim cada povo tem sobre si um tal céu conceitual matematicamente repartido e entende agora por exigência de verdade que cada deus conceitual seja procurado em sua esfera (1974, p. 57).

De cima da árvore, no topo, do seu céu, daí o autor-personagem pode, finalmente, dar um sentido à sua história. De um outro plano. Segundo a professora Carmen Tindó Secco (UFRJ), a árvore, nas culturas africanas, é um eixo sagrado por onde se interligam os vários planos da existência. É o local sacralizado por onde os antepassados se comunicam com os vivos. É princípio e continuação de vida, pois esta, na África, não termina com a morte. O céu do autor-personagem: a sua cultura, o imbondeiro, a árvore tida como um dos símbolos do continente africano. A base do texto de Pepetela é a tradição, que julgamos poder dizer ser o céu primeiro desse escritor. Ainda segundo Laura Padilha uma tradição que “é ultrapassada, retornando em nova dimensão ao universo do texto que se quer um interpretante crítico do contexto, mobilizando ideologicamente o receptor, sem que minimize também – ou principalmente – sua qualidade de objeto estético” (2007, p. 211).  Apenas essa é mais uma das linhas das tantas com que pode um leitor se enveredar pelo texto onde Pepetela declara ter um objetivo, o de criticar comportamentos que considera errados. Um texto com duas dedicatórias, uma pública e a outra confidencial, oferecido assim a todos os leitores em primeiro lugar e, em segredo, a um em especial: àquele que pode enxergar dentro de si a toninha, a esperança, a utopia.

A partir de um objetivo aparentemente simples, nessa novela escrita entre 1978 e 1982, quando no cargo de vice-ministro da Educação de Angola, Pepetela nos dá seu testemunho da história dos caluandas. Num texto inteligente, com presença de humor e ironia, dá-nos o que, a partir de pequenas ousadias, tentamos demonstrar: um diálogo entre ficção e história conduzindo ao possível e ao essencial, material para pensamento.

Bibliografia:

BARTHES, R. O Prazer do Texto. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1987.

CÁDIMA, F. R. História, Tempo e Media. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, 1999. Disponível em: <http://www.bocc.ubi.pt/pag/_texto.php?html2=cadima-historia-tempo-media..... Acesso em: 20/ 07/ 2009.

CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. 12ª ed. São Paulo: Ed. Ática, 1999.

CHAVES, R. & MACEDO, T. Portanto… Pepetela. Luanda: Ed. Chá de Caxinde, 2002.

LEITE, L. C. M. O Foco Narrativo. 2ª ed. São Paulo: Ed. Ática, 1985.

NIETZSCHE, F. Obras Incompletas. 1ª ed. São Paulo: Ed. Abril Cultural, 1974. (Coleção Os Pensadores, XXXII).

PADILHA, L. C. Entre Voz e Letra, o lugar da ancestralidade na ficção angolana do século XX. 2ª ed (revista). Rio de Janeiro: Pallas Editora / EDUFF, 2007.

PEPETELA. O Cão e os caluandas. 1ª ed. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1985.

REIS, C. & LOPES, A.C. Dicionário de Narratologia. 5ª ed. Coimbra: Livraria Almedina Editora, 1996.

SECCO, C.L.T.R. (Coord.). Antologia do Mar na Poesia Africana de Língua Portuguesa do Século XX. 1ª ed. Luanda: Ed. Kilombelombe, 2000. (Coleção Ciências Humanas e Sociais, Série Línguas e Literatura, 1).

 

Comunicação apresentada a Prof. Dra Maria Teresa Salgado Guimarães da Silva no curso de Literaturas Africanas de Pós-Graduação lato sensu: A literatura Angolana: a crise como criação. UFRJ, 2009.

por Edna Bueno
A ler | 5 Setembro 2010 | literatura angolana, Pepetela