Mural Sonoro|3 Novembro- 17h| Guitarras de Lisboa e Coimbra: Sua Construção, Técnicas e Difusão

25.10.2013 | par joanapereira | Coimbra, fado, guitarras, lisboa, mural sonoro, técnica

6 de Outubro- 17h- Alfama- Conversas em Volta da Guitarra Portuguesa: O Fado e as Outras Músicas Populares

30.09.2013 | par joanapereira | alfama, fado, guitarra portuguesa

Sr. Castanho & Sr. Preto (Pedro Castanheira e Chullage) | Zona Franca

Zona Franca: Quinta-feira, 21 (quintas dimensões), no Bartô.

Do monocromatismo variado ao silêncio de palavras por cantar. Uma guitarra, ou talvez não… duas bocas. Uma calada, a outra nem por isso. Coisas ditas de histórias desditas embaladas por um fado que se quer àcido…Serpenteando por entre maçãs, frases desfeitas de ideias feitas, que o pecado mora ao lado do vizinho.

Entrada | 2€
web

19.06.2012 | par herminiobovino | fado, hip hop, música acústica, spoken word

VIII Maratona de Leitura em Língua Portuguesa de Cáceres

A VIII Maratona de Leitura em Língua Portuguesa de Cáceres realiza-se no próximo dia 3 de maio, entre as 16:30h e as 19:30h, no coreto (“bombo de la música”) do Paseo de Cánovas.

Este ano, a Maratona será dedicada ao fado, tendo em conta a sua recente classificação como Património Imaterial da Humanidade, pelo que serão lidos livremente poemas cantados em fados e haverá também uma atuação do grupo “Fado a Três”.

No mesmo dia, às 20:30h, será projetado na Filmoteca de Extremadura, em Cáceres, o filme “Fados”, de Carlos Saura.

Junte-se a nós e venha ler (ou cantar!) ou seu fado preferido!

(cartaz)

26.04.2012 | par herminiobovino | fado, poesia, promoção da leitura

O Fado, o Jazz e o Semba, em LUANDA

Instituto Camões - Centro Cultural Português em Luanda apresenta a Conferência “O Fado, o Jazz e o Semba”  que contará com a presença dos artistas  a  Carlos do Carmo, Afrikanitha e Paulo Flores, que terá lugar no dia 31.03.2011, pelas 18H30, no Auditório Pepetela.

30.03.2011 | par martalanca | fado, jazz, semba

Fado, exposição itinerante

Patente no Grand Hall Ségur, na sede da UNESCO em Paris. A Câmara Municipal de Lisboa através da EGEAC/Museu do Fado promove a partir do próximo dia 28 de Março, na sede da UNESCO em Paris, a exposição “Fado”. Produzida pelo Museu do Fado, esta exposição ilustra a história do fado desde a sua génese à actualidade, integrando uma iconografia muito rica – partituras, cartazes, periódicos, fotografias – ilustrando os principais meios de consagração e mediatização da canção urbana de Lisboa – desde o teatro de Revista, a gravação discográfica, a emissão radiofónica, o cinema, a televisão até à internacionalização nos grandes palcos do mundo e a crescente afirmação do fado nos circuitos da world music. Entre os objectos em exposição encontram-se o vestido utilizado por Amália Rodrigues no concerto no Olympia em 1967, os poemas originais dos repertórios de Alfredo Marceneiro e Frutuoso França, discos de 78 rpm de Amália Rodrigues, Maria Teresa de Noronha e Armandinho, a guitarra portuguesa de Jaime Santos, o prémio Goya recebido por Carlos do Carmo em 2008 e o troféu da BBC atribuído a Mariza em 2003.

25.03.2011 | par martalanca | fado

Todos temos nosso fado. Lula Pena

ELA CHAMA-SE LULA. Lula Pena. Descobriu o sentido do fado quando saiu de Portugal. Mas foi numa noite, antes de partir para Barcelona (Espanha), que num bar do Bairro Alto, em Lisboa, onde costumava actuar, resolveu experimentar cantar o “Barco Negro”. Lembram-se da canção imortalizada por Amália Rodrigues (1920-99) no filme Os Amantes do Tejo (1955, do diretor francês Henri Verneuil) -De manhã, que medo, que me achasses feia!/ Acordei, tremendo, deitada n’areia/ Mas logo os teus olhos disseram que não…-, com letra de David Mourão-Ferreira?

Lula cantou nessa noite e ficou com a breca no final da música. Na entrevista ao jornal português Público, em que contou esta história, disse que ficou com um sorriso que não conseguia desfazer. Assustou-se. Nessa noite, pensou que o fado é uma droga dura. Quando todos andavam à procura da nova Amália, Lula cantava fado nas ruas e uma vez quis conhecer a diva. Tinha umas coisas para lhe perguntar. Marcaram um encontro. Chegou o dia. Era uma quarta-feira, Lula lembra-se bem. Um dos músicos que devia ir com ela a esse encontro telefonou-lhe de manhã, ela acordou e achou que estava atrasada. Ele disse-lhe: “Amália morreu esta manhã” [6 de outubro de 1999].

No dia 12 de fevereiro de 2009, Caetano Veloso escreveu no seu blogue “Obra em Progresso”: “A cantora que mais me interessou nas últimas semanas foi Lula Pena. Uma portuguesa de voz grave e violão eletrificado que canta como um poeta”. Colocava um link para Lula a cantar no YouTube a “Rua do Capelão”, que é uma das 13 músicas do seu primeiro disco, Phados, que ela gravou em Bruxelas, em 1998.

Passaram-se 12 anos e só agora a portuguesa volta a editar um disco: Troubadour (Mbari) . Ela diz que “a respiração não é a mesma” ou que “a cabeça já não é a mesma”, e que o que os dois discos têm em comum é a sua voz (grave e invulgar), a guitarra acústica e a necessidade da palavra. Dividiu o seu disco em sete “actos” (um deles termina assim: “Meu amor?” “Sim, diz” “Já disse”.)

Os seus concertos são raros, num deles o seu coração batia tanto que ela não conseguia cantar. Nesse momento, só teve uma solução. Colocou o microfone no peito e todos ouviram as suas batidas. Fez-se silêncio e ela finalmente cantou.

Se querem ter uma sensação intrigante, ouçam Lula Pena. Ficarão arrepiados. Por Troubadour passam o fado, a bossa nova, a morna, o tango, a chanson e o flamenco.

Quando, há meses, Caetano esteve em Lisboa a fazer uma conferência na Casa Fernando Pessoa com (o poeta) Antonio Cicero houve um serão, como aquele que Amália fez para Vinicius de Moraes no final dos anos 60, em que Lula cantou para os dois brasileiros. As suas canções estão cheias de citações e alusões: “Partido Alto”, de Chico Buarque, mas também “Luna Tucumana”, de Atahualpa Yupanqui, e “A Noite do Meu Bem”, de Dolores Duran.

Ela está no Myspace (myspace.com/lulapena). Procurem-na.

ISABEL COUTINHO, Folha de S.Paulo, 29.08.2010

29.08.2010 | par martalanca | fado, Lula Pena, poesia