«ANGOLA CINEMAS — Uma Ficção da Liberdade»

O Goethe-Institut de Luanda editou um livro de fotografias sobre a história da

arquitectura das salas de cinema em Angola, que irá ser lançado a 14 de Abril de 2015, pela editora alemã Steidl. O volume intitula-se «Angola Cinemas — Uma Ficção da Liberdade» e é da autoria de Walter Fernandes e Miguel Hurst. A obra constitui um trabalho documental abrangente, que se concentra numa das componentes da arquitectura angolana, em grande medida desconhecida: os cinemas construídos entre 1930 e o final do período colonial português em 1975, construções dotadas de um cunho futurista e de um espírito experimental únicos. Este livro pretende contribuir para a redescoberta, não só destas construções ameaçadas pela ruína e pela demolição, como também desta era esquecida e dos seus arquitectos desconhecidos.

As imagens do fotógrafo angolano Walter Fernandes, cujo estúdio se situa em Luanda, não se limitam a documentar a história arquitectónica destas salas; elas testemunham também o modo como estes edifícios constituíam um enquadramento elegante que sublinhava uma simples ida ao cinema. Dos cinemas que inicialmente foram concebidos como salas com espaços fechados evoluiu-se, na década de 1960, para espaços ao ar livre com bares e esplanadas – um modo de construção que se adaptava melhor ao clima tropical do país. O que ressalta nesta obra, não são só as imagens de uma arquitectura invulgar, capaz de manifestar o prazer em experimentar novas soluções que animava os seus ambiciosos e visionários criadores, mas também os ensaios e o capítulo dedicado à pesquisa, que lançam uma luz sobre o modo como estas construções espelhavam a imagem da vida moderna e da construção arquitectónica nos trópicos.

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28.04.2015 | par martalanca | ANGOLA CINEMAS — Uma Ficção da Liberdade, cinema

Ciclo "Os Cinemas das Independências Africanas"

Organização: ALEPH: Plataforma de Acção e Investigação sobre Imagens (Anti-) coloniais (CITCOM-CEC-FLUL & CECS-UM) e Grupo CITCOM - Cidadania, Cosmopolitismo Crítico, Modernidade(s), (Pós-)Colonialismo / Projecto DESLOCALIZAR A EUROPA: Perspectivas Pós-coloniais na Antropologia, Arte, Literatura e História (Cultura Visual, Migração e Globalização & Comparando Impérios: Iconografias Coloniais Comparadas).

  

27 e 28 de Abril, 18h

Anfiteatro III, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Cultura e Libertação em Dois Filmes de Dois Cineastas-Artistas

 

Dia 27 de Abril, 18 horas, Anfiteatro III.

António Ole, O Ritmo do N’Gola Ritmos, Angola. 1978. 60 min, Português.

 

O filme será precedido de uma apresentação de Ana Paula Tavares e será seguido de um debate com o público, moderado por Ana Balona de Oliveira.

 

Dia 28 de Abril, 18 horas, Anfiteatro III.

William Klein, O Festival Pan-Africano de Argel, Argélia, França. 1969.  95 min, legendas em Francês.

 

O filme será precedido de uma apresentação de José António B. Fernandes Dias e será seguido de um debate com o público, moderado por Manuela Ribeiro Sanches.

19.04.2015 | par martalanca | cinema, independências africanas

your body is my body — o teu corpo é o meu corpo

Coleção de Cartazes Ernesto de Sousa

A exposição “your body is my body — o teu corpo é o meu corpo” é uma seleção de cerca de trezentos cartazes de arte e política, nacionais e estrangeiros, feita a partir do acervo reunido por Ernesto de Sousa ao longo da sua vida e datados entre 1933 e 1988, que se apresenta no Museu Coleção Berardo, de 17 de abril a 27 de setembro de 2015.

Joseph Beuys, sem data, 68 x 48 cm (detalhe). © Bernd Klüser, München.Joseph Beuys, sem data, 68 x 48 cm (detalhe). © Bernd Klüser, München.Este espólio, agora denominado como Coleção de Cartazes Ernesto de Sousa e integrado na Coleção Berardo, constitui um panorama vasto sobre a produção cultural das neo-vanguardas em Portugal e na Europa.

O catálogo da exposição será apresentado ao público no dia 14 de maio, numa mesa-redonda com José Bártolo, Rui Santos e Isabel Alves, no anfiteatro do museu, às 18h00. A entrada é livre.

Curadoria de Isabel Alves. Mais informações aqui.

A inauguração está marcada para dia 17 de abril, às 19h00, no piso -1 do museu. A entrada é livre.

Visitas orientadas: Isabel Alves e José Bártolo: 25 abril, 12h. | Outras visitas: 10 maio e 28 junho, 16h00.

 

12.04.2015 | par martalanca | your body is my body — o teu corpo é o meu corpo

"África fantasma", de João Samões

18 Abril I 21h30 no Teatro Municial de Almada

Nesta peça de teatro são criadas e manipuladas realidades e turbulências do domínio do exótico e do erótico, interpenetram-se memórias e reflexões sobre o colonialismo e o racismo. África transforma-se num lugar de representações imaginárias, um imenso território onde se projectam todas as fantasias e fantasmas.

In this play, realities and turbulences from the realm of the exotic and the erotic are created and manipulated, memories and reflections about colonialism and racism are mixed together. Africa is transformed into a place of imaginary representations, a huge territory in which all fantasies and ghosts can be projected.

Criação e encenação João Samões

Dramaturgia e espaço cénico João Samões Texto montagem e adaptação de João Samões a partir de Frantz Fanon, Aimé Césaire, Julião Quintinha, Louis-Ferdinand Céline, Langston Hughes Interpretação Joana Bárcia Produção João Samões Produção executiva Mónia Mota Registo fotografia Tatiana Macedo Registo vídeo João Dias Apoios DuplaCena, Instituto Franco-Português, Teatro Municipal São Luiz Ano 2010-2013 Duração 50’

Co-produção Fundação Calouste Gulbenkian/Próximo Futuro

02.04.2015 | par martalanca | África Fantasma, João Samões, teatro

Rádio AfroLis

O audioblogue Rádio AfroLis é um espaço de expressão cultural feito por descendentes de africanos a viver em Lisboa. O projeto Rádio AfroLis não tem fins lucrativos e é desenvolvido por voluntários.
Desde 17 de Abril de 2014, semanalmente, em formato de entrevistas áudio, artistas, menos artistas, pessoas comuns e menos comuns da comunidade negra a viver em Lisboa falam sobre seus seres e fazeres, expondo as facetas da consciência negra em Portugal.

Para muitos afrodescendentes, a cidade de Lisboa é claramente a sua cidade. Para outros, Lisboa é uma cidade como outra qualquer, apesar de terem nascido ou de sempre terem vivido nela. Outros há, que rejeitam Lisboa porque sentem que não é o seu lugar. No caso dos afrodescendentes negros, a questão da pertença relaciona-se, por vezes, com questões de representação nos media ou em espaços sociais diversificados mas, acima de tudo, com a discriminação e o racismo.

E surge a pergunta: Eu, como negro ou negra, africano ou africana, devo, posso, quero assumir-me como português/afrolisboeta?

E serão precisamente as inúmeras combinações de respostas que vamos apresentar nos nossos programas.

A ideia teve a sua inspiração na observação das ruas e dos bairros de Lisboa, que evidenciam a presença de vários portugueses africanizados e africanos aportuguesados, algo que não é regularmente refletido nos meios de comunicação. Para a AfroLis é essencial documentar a experiência dos descendentes de africanos na cidade de Lisboa contada na primeira pessoa.

Acompanhem-nos por serem afrodescendentes, por interesse na temática, pela vontade de conhecer outras vivências de Lisboa, ou por quererem acrescentar algo à discussão.

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02.04.2015 | par martalanca | Rádio AfroLis