3º episódio do EU SOU ÁFRICA, AUGUSTA HENRIQUES - GUINÉ BISSAU

dia 19, Sábado, às 19h na RTP2

 

Augusta Henriques tem cinquenta e oito anos, dois filhos, uma neta e uma vida inteira de engajamento na transformação social e no desenvolvimento do seu país, a Guiné Bissau. É a fundadora e secretária geral da Organização Não Governamental guineense TINIGUENA - que significa esta terra é nossa. É o poder dessa pertença que Augusta afirma em todas as suas acções. “Não podemos responder pelo ontem nem pelo amanhã, mas hoje podemos fazer a diferença!” Augusta tem personalidade de líder, fala de forma assertiva, e há muito tempo que diz: “Sim, podemos fazer”.


A agitação da avenida principal de Bissau, perto do mercado Bandim, contrasta com a paz das ilhas Urok, no arquipélago dos Bijagós. Augusta Henriques move-se entre estes dois mundos, passando recentemente mais tempo na sua ilha natal, a Formosa. Formou-se em Portugal mas sempre teve presente que o seu futuro era na Guiné-Bissau, “um país novo para construir” e cheio de orgulho à época da independência. Regressa para trabalhar no primeiro Ministério da Educação do país e, mais tarde, no enquadramento da lei para as organizações não governamentais guineenses. Há 20 anos criou a TINIGUENA para trabalhar em prole da sustentabilidade e da protecção da biodiversidade do seu país, nomeadamente no arquipélago dos Bijagós, a primeira área marinha protegida comunitária da África ocidental. A gestão harmoniosa dos recursos naturais que ali se pratica e as estratégias erguidas em conjunto com as comunidades são, afirma Augusta Henriques, “um exemplo de governação para o país”. acredita. Esta associação manteve-a “na Guiné-Bissau de cabeça erguida, de mangas arregaçadas e de peito aberto para abraçar as coisas boas” e procurar alternativas para melhorar as condições de vida das pessoas.

 

10.02.2011 | par martalanca | Augusta Henriques, Eu Sou África, Guiné Bissau