Falas / Buala na bienal de S.Paulo


Para ampliar o debate - parte 01
29ª Bienal   Terreiros   eu sou a rua   

No primeiro momento da fala acerca do website BUALA, no dia 04/10/2010, Marta Lança apresentou a natureza editorial dessa publicação virtual e disponibilizou sua fala, assim como Marta Mestre, para publicação no website da 29a Bienal.

BUALA - CULTURA AFRICANA CONTEMPÔRANEA, UMA CASA EM CONSTRUÇÃO
POR MARTA LANÇA
É uma interface digital colaborativa de reflexão e documentação sobre culturas africanas contemporâneas e sua relação com o Brasil e Portugal. Cinema, ensaios e reportagens, manifestos, textos políticos e literários, dança, teatro e música, pensar a cidade e a urbanização, materiais de processos de trabalho, criação e difusão cultural em curso. E ainda um blog de divulgação cultural, uma galeria com exposições virtuais e biografias de autores e artistas africanos são algumas das coisas que podem encontrar.
A idéia do BUALA partiu de uma constatação de que faltava documentar e divulgar  aspectos culturais interessantes que se passam em África ou na diáspora africana, numa perspectiva actual, contra as visões saudosistas ou unilaterais que foram as dominantes por muito tempo. Além disso, sentíamos que muito do conhecimento produzido sobre África não chega aos países africanos, nem circula suficientemente entre os mais interessados. Achámos que a internet seria a ferramenta com maior alcance, e sobretudo entre jovens, para estreitar e expandir todas estas potencialidades, por dia temos 500 leitores de todo o mundo e sem grandes custos.
Sou portuguesa mas com muitos anos de experiência nas áreas culturais em África. Era a altura certa para criar uma plataforma que reunisse uma série de gente com quem tenho convivido, trabalhado ou que são referências importantes para nós – e descobrir muitos outros. O facto de termos uma visão geral e particular destes países - dos seus rancores e irritações, das tendências, dependências e vontades, das práticas culturais e figuras que compõem o panorama cultural de cada um, e por acreditarmos que há uma nova geração que consegue viver estas realidades trazendo outros elementos e ter um olhar descolonizado, fez com que achássemos proveitoso pôr em diálogo as várias perspectivas no interesse da partilha.
É com estas novas visões e novos topos que nos interessa trabalhar, de forma descomplexada, integrando a abordagem pós-colonial na análise das relações do passado para entender as do presente e as ligações e relações de poder actuais. Tentamos reverter a tendência deste “espaço de língua portuguesa” como uma espécie de bolha alienada do resto mundo, interessa-nos contribuir para que os países lusófonos observem e participem do que se passa no resto de África - o que por vezes não acontece, por exemplo Angola e Cabo Verde comunicam muito mais com o Brasil e Portugal do que com os restantes países africanos - o mesmo podíamos dizer sobre a falta de atenção de África e do mundo para estes países como intervenientes culturais fortes.

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01.11.2010 | by martalanca | Bienal de S.Paulo, buala, Terreiros

apresentação do Buala em Sampa

E lá estivemos, no dia 4, a falar um pouco deste projecto BUALA que cresce todos os dias, para alguns amigos e visitantes da Bienal de S.Paulo. Foi muito acolhedor e proveitoso!   

(…) A contemporaneidade africana contraria os olhares paternalistas que têm sido a tendência dominante na produção sobre África. Damos prioridade às novas gerações africanas que, embora tenham apanhado os conflitos e guerras nos seus países, estão menos vinculados a uma mentalidade de recalcamentos e trazem, nas suas cidades, outras vivências e lógicas de pensar e de sonha . Filhos da geração de nacionalistas e independentistas, fazem dessa herança a referência para as suas lutas, com os desafios do presente, que são muitos. Africanos que vivem fora e mantêm uma ligação ao continente reflectindo e posicionando-se de forma interessante. MM, ML e Lígia AfonsoMM, ML e Lígia AfonsoContribuições de não africanos que se propõem a abordar África sem as narrativas gastas do passado. Entre todos o contacto do mundo onde vivem, numa curiosidade genuína e apelativa.
Se os países africanos, em reconstrução e com muitas carências - presas dos oportunismos, desde os governos aos interesses estrangeiros, eternos cúmplices do subdesenvolvimento – não apostarem na cultura e educação, não poderão dar um passo fundamental para um verdadeiro jogo de forças entre iguais. O BUALA pretende contribuir para esse salto qualitativo com as ferramentas possíveis, desde já, criar um espaço de encontro e debate com a acessibilidade de todos. (…)

07.10.2010 | by martalanca | Bienal de S.Paulo, buala

é já na 2ª feira - BUALA na bienal de S.Paulo

29.09.2010 | by martalanca | Bienal de S.Paulo, buala

PROGRAMAÇÃO TODOS OS TERREIROS – Bienal de S.Paulo

25/09 – sábado Terreiro A pele do invisível (filmes)
Filmes - Programa 5 - 15h00.
Surname Viet, Given Name Nam, Trinh T. Minh-ha, 1989, Estados Unidos, 108min.
Rouch in Reverse, Manthia Diawara, 1995, Estados Unidos e Reino Unido, 52min.
Margem, Maya Da-Rin, 2007, Brasil, Colômbia e Peru, 64min.

Performances
18h00 - Sue Tompkins – a artistas faz performance diante de seus desenhos.
Lygia Pape –  “Divisor” - Marquise. Início às 11hs
Paulo Bruscky – “Fogueira de gelo” – em frente à entrada da exposição

Terreiro O outro, o mesmo (performances)
11h00 – Balé da Cidade de São Paulo e Quarteto de Cordas. O Balé da Cidade apresenta uma versão da obra recente Crônicas do Tempo montada convebida para o Terreiro de Performances
13h00 – Balé da Cidade de São Paulo e Quarteto de Cordas. O Balé da Cidade apresenta uma versão da obra recente Crônicas do Tempo montada convebida para o Terreiro de Performances

Terreiro Eu sou a rua (conversas / debate)

14h00 -  Antonio Macotela - O Jovem artista mexicano conversa com o público sobre seu projeto para a 29a.
16h00 - Joseph Kosuth - Joseph Kosuth, pioneiro da arte conceitual, reflete sobre seu texto “Art After Philosphy” e apresenta suas obras recentes.

26/09 - domingo
A pele do invisível

Filmes - Programa 6 – 15hs
Surname Viet, Given Name Nam, Trinh T. Minh-ha, 1989, Estados Unidos, 108min.
Rouch in Reverse, Manthia Diawara, 1995, Estados Unidos e Reino Unido, 52min.
Margem, Maya Da-Rin, 2007, Brasil, Colômbia e Peru, 64min.

Terreiro Eu sou a rua (conversas e debates)
13h00 - Cartoons Políticos - Humor e Política - Jean Plantu e Chico Caruso - a Bienal promove um debate sobre o potencial crítico do cartoon e de outras formas de sátira política, e sobre as tentativas recentes de controle e censura do humor político no Brasil e no mundo.

17h30 - Pedro Barateiro - Apresentação de leitura performática do artista português Pedro Barateiro, desenvolvida para a Bienal de São Paulo.

Terreiro O Outro, o Mesmo ( performances)

15h00 - Bailado do Deus Morto – O Teatro Oficina encena, dentro da Bienal, a peça “O Bailado do Deus Morto”, de Flávio de Carvalho, de 1933. Direção: José Celso Martinez. Produção: Fábio Delduque

27/09 – 2af
Performances
18h00 - Sue Tompkins – a artistas faz performance diante de seus desenhos.

Terreiro A pele do invisível
Filmes – Programa 7 - 10h, 13h, 16h
Ulysse, Agnès Varda, 1982, França, (22min.);
Sylvia Kristel – Paris, Manon de Boer, 2004, Holanda, (40min.);
A Letter to Uncle Boonmee, Apichatpong Weerasethakul, 2009, Tailândia, Reino Unido e Alemanha, (17min.);
66 Scenes from America, Jørgen Leth, 1982, Dinamarca, (39min.);
Parque de la Memoria - Monumento a las Víctimas del Terrorismo de Estado, Eduardo Feller, 2010, Argentina, 25min.

Eu sou a Rua
17h00 - Nora Hochbaum, Florencia Battiti, (Parque de la Memoria) Marcio Seligmann (UNICAMP) , Cecília Maria Bouças (Tortura Nunca Mais). – O debate discute as estratégias para transformar em fala coletiva a memória da ditadura na América Latina.

28/09 – 3a feira
Terreiro A pele do invisível

Filmes - Programa 8 - 10h30 e 15h00
Journeys from Berlin/1971, Yvonne Rainer, 1980, Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha, 120min.
Reminiscences of a Journey to Lithuania, Jonas Mekas, 1972, Estados Unidos e Alemanha, 78min.

Terreiro Eu sou a rua
17h00 - Jonathas de Andrade e Gabriela Salgado -  O debate tem como ponto de partida a obra criada por Jônathas para a Bienal, desenvolvida através da discussão sobre os cartazes associando imagens e palavras usados por Freire.

29/09 – 4af
A pele do invisível (filmes)

Filmes - Programa 9 – 9h00 e 12h00
Xarabovalha, Heloisa Buarque de Holanda, Brasil, 13min.
Pátio, Glauber Rocha, 1959, Brasil, 11min.
Frantz Fanon, Isaac Julien, 1996, Reino Unido, 70min.
‘Âshûrâ’: This Blood Spilled in My Veins, Jalal Toufic, 2002, Líbano, 81min.

16h00 - Mutirão - Graziela Kunsh - O Projeto Mutirão é uma obra processual que acontece na forma de conversas/apresentações únicas que documentam a produção coletiva de uma outra cidade.

30/09 – 5af
Neste dia, o Consulado da Holanda no Brasil apresenta uma programação de performances, palestras e filmes holandeses nos Terreiros da 29a Bienal de São Paulo, durante todo o dia.

A pele do invisível (filmes)
Filmes - Programa 10 - 09h15, 13h30
Otolith Group I, Otolith Group, 2009, 22min.
Otolith Group II, Otolith Group, 2009, 48min.
Otolith Group III, Otolith Group, 2009, 49min.
Handsworth songs, Black Audio Film Collective, 1986, Reino Unido, 61min.
Signs of Empire, Black Audio Film Collective, Reino Unido, 15min.
Image of Nationality, Black Audio Film Collective, Reino Unido, 15min.

01/10 – 6af
A pele do invisível (filmes)

Filmes - Programa 1 – 10h00, 14h30, 18h20
Iluminai os Terreiros, Eduardo Climachauska, Gustavo Moura e Nuno Ramos, 2006, Brasil, 44min.
New Babylon de Constant, Victor Nieuwenhuijs e Maartje Seyferth, 2005, Holanda, 13min.
Brasília, contradições de uma cidade nova, Joaquim Pedro de Andrade, 1967, Brasil, 30min.
Ya es tiempo de Violencia, Enrique Juarez, 1969, Argentina, 45min.
100comédia 3, Cripta Djan, 2008, 44min.
Tombée de Nuit sur Shangaï, Chantal Akerman, 2007, Bélgica, 15min

02/10 – sábado
A pele do invisível (filmes)

Filmes - Programa 2 – 14h00, 18h00
Prison Images , Harun Farocki, 2000, Alemanha, 50min.
Baghdad in no Particular Order, Paul Chan, 2003, 51min.
Cabra Marcado para Morrer, Eduardo Coutinho, 1984, Brasil, 116min.

Eu sou a Rua (conversas e debates)
16h - Marilena Chauí  - A Filósofa e professora inicia uma série semanal de conversas com o público sobre assuntos e obras da 29a Bienal de São Paulo. As conversas acontecem em 2, 9, 16 e 23 de outubro, sempre às 16hs

 

03/10 - domingo
A pele do invisível

Filmes - Programa 2 – 13h00.

Intervista, Anri Sala, 1998, Albania, 25min.
Olhar em segredo, Arthur Omar, 2009, Brasil, 35min.
Double Take, Johan Grimonprez, 2009, Bélgica, Alemanha e Holanda, 80min.

16h00 - Mutirão - Graziela Kunsh - O Projeto Mutirão é uma obra processual que acontece na forma de conversas/apresentações únicas que documentam a produção coletiva de uma outra cidade.

O outro, o mesmo

18h00 – Leitura -  Bailado do Deus Morto - Entre os dias 03 e 6 de outubro, sempre às 18hs, atores do Movimento Bixigão  fazem leituras dramáticas de excertos de “O Bailado do Deus Morto”, de Flávio de Carvalho, em diálogo com o espaçø do terreiro “O Outro, o mesmo”

04/10 – 2af
A pele do invisível

Filmes - Programa 4 – 10h15; 14h40
Pachamama, Eryk Rocha, 2008, Brasil, 115min.
Pacific, Marcelo Pedroso, 2009, Brasil, 73min.
Superoutro, Edgard Navarro, 1989, Brasil, 45min.

Eu sou a rua
17h00 - Buala - Marta Lança e Marta Mestre - Marta Lança e Mestre irão apresentar o site Buala, que propõe uma discussão sobre a arte africana contemporânea, afirmando a necessidade de fortalecimento do intercâmbio entre países da esfera lusofônica.

O outro, o mesmo
18h00 - Leitura do Bailado do Deus Morto - Entre os dias 03 e 6 de outubro, sempre às 18hs, atores do Movimento Bixigão  fazem leituras dramáticas de excertos de “O Bailado do Deus Morto”, de Flávio de Carvalho, em diálogo com o espaço do terreiro “O Outro, o mesmo”

05/10 – 3af
A pele do invisível

Filmes - Programa 5 - 10h15
Surname Viet, Given Name Nam, Trinh T. Minh-ha, 1989, Estados Unidos, 108min.
Rouch in Reverse, Manthia Diawara, 1995, Estados Unidos e Reino Unido, 52min.
Margem, Maya Da-Rin, 2007, Brasil, Colômbia e Peru, 64min.10h15 - 14h00 -

A pele do invisível - Eventos
15h00 - Tape Deck Solos - Tape Deck Solos, projeto do artista Gabriel Menotti é uma série de quatro exibições comentadas de material bruto registrado em fita magnética. A cada sessão, diferentes gêneros característicos do vídeo são examinados por Menotti e convidados.

O outro, o mesmo
18h00 - Leitura do Bailado do Deus Morto - Entre os dias 03 e 6 de outubro, sempre às 18hs, atores do Movimento Bixigão  fazem leituras dramáticas de excertos de “O Bailado do Deus Morto”, de Flávio de Carvalho, em diálogo com o espaço do terreiro “O Outro, o mesmo”

06/10 – 4af
A pele do invisível

Filmes - Programa 6 – 10h15hs
Surname Viet, Given Name Nam, Trinh T. Minh-ha, 1989, Estados Unidos, 108min.
Rouch in Reverse, Manthia Diawara, 1995, Estados Unidos e Reino Unido, 52min.
Margem, Maya Da-Rin, 2007, Brasil, Colômbia e Peru, 64min.

A pele do invisível - Eventos

15h00 - Tape Deck Solos - Tape Deck Solos, projeto do artista Gabriel Menotti é uma série de quatro exibições comentadas de material bruto registrado em fita magnética. A cada sessão, diferentes gêneros característicos do vídeo são examinados por Menotti e convidados.

O outro, o mesmo
18h00 - Leitura do Bailado do Deus Morto - Entre os dias 03 e 6 de outubro, sempre às 18hs, atores do Movimento Bixigão  fazem leituras dramáticas de excertos de “O Bailado do Deus Morto”, de Flávio de Carvalho, em diálogo com o espaço do terreiro “O Outro, o mesmo”.

07/10 – 5af
Maurício Ianês - Glossolália  Em 07 / 10, o artista inicia seu projeto “Glossolália” artista irá recepcionar o público na vizinhança de diversos terreiros, durante todo o dia, estabelecendo um diálogo com este com o objetivo de coletar depoimentos escritos ou falados. Ao final de 20 dias, realiza-se um grande evento de leitura simultânea dos relatos coletados, em data ainda a ser definida.

A pele do invisível
Filmes – Programa 7 - 09h15; 11h50; 18h00
Ulysse, Agnès Varda, 1982, França, (22min.);
Sylvia Kristel – Paris, Manon de Boer, 2004, Holanda, (40min.);
A Letter to Uncle Boonmee, Apichatpong Weerasethakul, 2009, Tailândia, Reino Unido e Alemanha, (17min.);
66 Scenes from America, Jørgen Leth, 1982, Dinamarca, (39min.);
Parque de la Memoria - Monumento a las Víctimas del Terrorismo de Estado, Eduardo Feller, 2010, Argentina, 25min.

A pele do invisível - Eventos
15h00 - Tape Deck Solos - Tape Deck Solos é uma série de quatro exibições comentadas de material bruto registrado em fita magnética. A cada sessão, diferentes gêneros característicos do vídeo são examinados.

Eu sou a Rua
18h00 - Marcius Gallan + José Augusto Ribeiro - Marcius Galan conversa com o público sobre seu projeto para a  29a Bienal, “Ponto em escala real”, em companhia de José Augusto Ribeiro.
20h00 - Henrique Oliveira + Ricardo Rezende - Henrique Oliveira conversa sobre seu projeto para a 29a Bienal, “Origem do Terceiro Mundo”, em companhia de Ricardo Resende.

08/10  - 6af
A pele do invisível
Terreiro A pele do invisível

Filmes - Programa 8 – 9h00, 12h00 e 18h00
Journeys from Berlin/1971, Yvonne Rainer, 1980, Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha, 120min.
Reminiscences of a Journey to Lithuania, Jonas Mekas, 1972, Estados Unidos e Alemanha, 78min.

A pele do invisível - Eventos
15h00 - Tape Deck Solos - Tape Deck Solos é uma série de quatro exibições comentadas de material bruto registrado em fita magnética. A cada sessão, diferentes gêneros característicos do vídeo são examinados.

O outro, o mesmo
Movimento Bixigão  - O Bailado do Deus morto – O grupo Movimento Bixigão, formado por atores do Teatro Oficina e jovens da comunidade do Bixiga encenam a peça de Flávio de Carvalho, de 1933. Direção: Luciana Brittes. Produção: Fábio Delduque

20.09.2010 | by martalanca | Bienal de S.Paulo, Terreiros

bienal de s.paulo - quase!

10.09.2010 | by martalanca | Bienal de S.Paulo

Angolanos que estarão na Bienal de São Paulo propõem nova imagem da África

Uma enorme barragem bloqueia a vista da baía de Luanda. Tratores estão aterrando o mar para alargar uma avenida da cidade. Lufadas de pó vermelho sublinham a cacofonia de britadeiras, guindastes e apitos.

Empreiteiras derrubam o que sobrou da era colonial, esqueletos de prédios e casarões retalhados por décadas de guerra, para erguer uma nova capital angolana. São torres que formam outra paisagem, espécie de Dubai africana, movida a petrodólares.

Nesse cenário, artistas angolanos tentam digerir o passado sem saber imaginar um futuro. Chamam de “afro-futurismo” a estética que surge do descompasso entre o fim das guerras e a reconstrução.

 

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02.09.2010 | by martalanca | Bienal de S.Paulo

29th Bienal de São Paulo

“Há sempre um copo de mar para o homem navegar” [There is always a cup of sea to sail in]

Preview
Sept 21, 2010
Regular calendar  Sept 25 – Dec 12 2010

We are pleased to invite you to the preview of the 29th edition of the Bienal de São Paulo on September 21, 2010.

The exhibition titled “There is always a cup of sea to sail in” is a tribute to the role of art in our times both in Brazil and abroad. Presenting the work of 161 artists from several countries, this 29th edition of the Bienal will be a celebration of art making itself, while asserting art’s own responsibility towards a critically reflection of the world.

In the occasion of your visit to the 29th Bienal, you will be able to attend a vivid program of parallel exhibitions and events through more than 30 art museums and institutions across São Paulo, besides seeing a broad range of shows at commercial art galleries and enjoying São Paulo’s lively atmosphere within the intense cultural calendar during this period.

If you are planning to visit the 29th Bienal, please send us your full contact information, dates and address of where you will stay in Brazil to 29bienal@fbsp.org.br. We will be delighted to send you a welcome kit, including the preview invitation, to make your visit more pleasant.

Looking forward to your visit,
Heitor Martins
 President

Fundação Bienal de São Paulo

Chief curators: Moacir dos Anjos and Agnaldo Farias (Brasil)

Invited curators: Chus Martinez (Spain), Fernando Alvim (Angola), Rina Carvajal

(Venezuela/USA), Sarat Maharaj (South Africa/England), Yuko Hasegawa (Japan)

Participating Artists:

Adrian Piper |Aernout Mik |Ai Weiwei |Albano Afonso |Alberto Greco |Alessandra Sanguinetti |Alfredo Jaar |Alice Miceli |Allan Sekula |Allora & Calzadilla |Amar Kanwar |Amélia Toledo |Ana Gallardo |Andrea Büttner |Andrea Geyer |Andrew Esiebo |Anna Maria Maiolino |Anri Sala |Antonieta Sosa |Antonio Dias |Antonio Manuel |Apichatpong Weerasethakul |Archigram Group |Artur Barrio |Artur Zmijewski |CADA |Cao Fei |Carlos Bunga |Carlos Garaicoa |Carlos Teixeira |Carlos Vergara |Carlos Zilio |Chantal Akerman |Chen Chieh-jen |Chim Pom |Cildo Meireles |Cinthia Marcelle |Claudia Joskowicz| Claudio Perna |Daniel Senise |David Claerbout |David Cury |David Goldblatt |David Lamelas |David Maljkovic |Deimantas Narkevicius|Dora Garcia |Douglas Gordon |Eduardo Coimbra |Eduardo Navarro |Efrain Almeida |Emily Jacir |Enrique Jezik |Ernesto Neto |Fernando Lindote |Filipa César |Fiona Tan |Flávio de Carvalho |Francis Alÿs |Gabriel Acevedo Velarde |Gil Vicente |Graziela Kunsch |Gustav Metzger |Guy de Cointet |Guy Veloso |Harun Farocki |Hélio Oiticica |Henrique Oliveira |High Red Center |Ilya & Emilia Kabakov |Isa Genzken |Jacobo Borges |James Coleman |Jean Luc Godard |Jeremy Deller |Jimmie Durham |Joachim Koester |Jonas Mekas |Jonathas de Andrade |Antonio Vega Macotela |José Leonilson |José Spaniol |Joseph Kosuth |Juliana Stein |Julie Ault and Martin Beck |Karina Skvirsky Aguilera |Kboco e Roberto Loeb |Kendell Geers |Kiluanji Kia Henda |Kimathi Donkor |Kutlug Ataman |Livio Tragtenberg |Luiz Zerbini |Lygia Pape |Manfred Pernice |Manon de Boer |Marcelo Silveira |Marcius Galan |Maria Lusitano Santos |Maria Thereza Alves |Marilá Dardot and Fábio Morais |Mário Garcia Torres |Marlene Dumas |Marta Minujin |Mateo López |Matheus Rocha Pitta |Miguel Angel Rojas| Miguel Rio Branco |Milton Machado| Mira Schendel |Monir Shahroudy Farmanfarmaian |Moshekwa Langa |Nástio Mosquito e Bofa da Cara |Nan Goldin |Nancy Spero |Nelson Leirner |Nnenna Okore |NS Harsha |Nuno Ramos | Oscar Bony |Oswaldo Goeldi |Otobong Nkanga |Otolith Group |Palle Nielsen |Paulo Bruscky |Pedro Barateiro |Pedro Costa |Pixação SP |Qiu Anxiong |Raqs Media Colective |Rex Time |Roberto Jacoby |Rochelle Costi |Rodrigo Andrade |Ronald Duarte |Rosangela Rennó |Runa Islam |Samuel Beckett |Sandra Gamarra |Sara Ramo |Simon Fujiwara |Sophie Ristelhueber |Steve McQueen |Sue Tompkins |Superstudio |Susan Philipsz |Tamar Guimarães |Tatiana Blass |Tatiana Trouvé |Tobias Putrih |Tucuman Arde |UNStudio |Wendelien van Oldenborgh |Wilfredo Prieto |Yael Bartana |Yoel Vazquez |Yonamine |Yto Barrada |Zanele Muholi |Zarina Bhimji.

 

Fundação Bienal de São Paulo

 

Parque do Ibirapuera · Portão 3
Pavilhão Ciccillo Matarazzo · 3º andar

23.08.2010 | by martalanca | Bienal de S.Paulo