Conferência Bianual da Rede Afroeuropeans

Conferência Bianual da Rede Afroeuropeans “In/Visibilidades Negras Contestadas” LISBOA, 4 a 6 de Julho 2019 no ISCTE - I​nstituto Universitário de Lisboa.


​Além da extensa discussão académica, a conferência estende-se a todo um programa cultural em diversos locais de Lisboa como o TodoMundo - comida, diversão e arte, o ​Hangar - Centro de Investigação Artística, o Ferroviário, a Casa Mocambo e o bairro da Quinta do Mocho. Estão previstos mais de duzentos participantes de várias partes do mundo, focados na produção de conhecimento, cultura e diversidade dos afrodescendentes na Europa, de forma a discutir temas como o racismo, representatividade, descolonização, e negritude na Europa.

A Rede Afroeuropeans reúne-se bianualmente para debater diversos temas em torno do ​racismo estrutural e das culturas e identidades negras na Europa​, tendo acontecido anteriormente em León, Cádiz, Tampere, Münster e Londres. Em 2019 a organização está nas mãos de um grupo de investigadores, artistas e activistas de universidades e colectivos de Portugal, Brasil, Suiça e Cabo Verde, que trazem esta discussão a uma ​cidade europeia composta por uma das maiores diásporas africanas, que influenciou a literatura, a música, a língua e a sociedade portuguesa em geral nos últimos cinco séculos.

Serão três dias compostos por diversas sessões temáticas, keynote speakers, mesas-redondas, lançamentos de livros, performances, sessões de cinema, spokenword, exposição fotográfica, feira de livros, street art tour e música. Estarão presentes intelectuais como Fátima El-Tayeb e Stephen Small da Universidade de Califórnia, Norman Ajari, Jaime Amparo Alves, Mamadou Ba, Inocência Mata​, entre muitos outros conferencistas. Serão cerca de cinquenta sessões de apresentações e debates com vista a fortalecer redes de trabalho e a dar visibilidade a questões que se prendem com o que significa ser afro-europeu.

Contacto:​ 927 606 201​ (Raquel Lima / Comissão Organizadora) afroeuropeans2019@gmail.com​| ​https://afroeuropeans2019.wixsite.com/afroeuropeans2019

24.06.2019 | by martalanca | Afroeuropeans

Práticas curatoriais e feminismos anticoloniais | Beatriz Lemos

MASP Palestras Pensar em curadoria, feminismo e anticolonialidade nos remetem a alguns questionamentos: é possível ser feminista hoje e corroborar com mecanismos racistas, classistas ou LGBTfóbicos? Como os feminismos se articulam enquanto ativismo no cerne do sistema de arte? Partindo de reflexões elaboradas por teóricas do feminismo negro interseccional e da noção comunitária praticada e construída por pensadoras indígenas, a palestra abordará os desafios de práticas feministas em contextos privilegiados de raça e classe, apresentando produções políticas, em diferentes linguagens, que proponham diálogos em favor de atuações artísticas e curatoriais antirracistas e anticoloniais.

PALESTRANTE Beatriz Lemos atua como curadora e pesquisadora. É idealizadora da plataforma de pesquisa Lastro – intercâmbios livres em arte. Entre 2015/2016, integrou o programa Curador Visitante da EAV – Parque Lage (RJ), que se desenvolveu na criação da Biblioteca e Centro de Documentação e Pesquisa. Em 2017, integrou o júri curatorial do 20º Festival de Arte Contemporânea – Sesc/Videobrasil e coordenou a residência autônoma Travessias Ocultas – Lastro Bolívia, qual teve sua versão em exposição no Sesc Bom Retiro (SP). Tem realizado cursos e oficinas sobre processos anticoloniais no Brasil e América Latina e, atualmente, coordena o Grupo de estudos Lastro na Casa 1 em São Paulo.Link: https://masp.org.br/palestras/pratica…

23.06.2019 | by martalanca | anticoloniais, Beatriz Lemos, feminismos, Práticas curatoriais

Long Table Partituras para ir - (Quase) TBA no CAB

Conversa com Gianfranco Ferraro, Joana Braga, Paula Caspão, Susana Nascimento Duarte
24 junho - segunda 18h30 CAB Centro Coreográfico Lisboa – Fundação Maria Magdalena de Mello, Rua Tenente Raúl Cascais, 1B-
Conversa com investigadoras e artistas sobre a caminhada como forma de pesquisa da cidade, dos seus lugares, e da nossa relação com eles; e enquanto prática artística que se desenvolve a partir das conexões que os corpos dos caminhantes estabelecem com os espaços à medida que neles abrem passagens e criam lugares de permanência. Esta experiência de imersão na teia da cidade pode abrir um novo olhar sobre as atuais metamorfoses de Lisboa?
O debate acontecerá usando o formato performativo da Long Table criado pela artista Lois Weaver, que será aberto a todas as pessoas presentes como se de um encontro à volta da mesa se tratasse, sendo a conversa o único prato.Transmissão em live streaming disponível no Facebook do TBA I Entrada livre (sujeita à lotação de 50 pessoas) I Duração 90 minutos 

conversa que tem como mote a experiência concreta do percurso performativo Partituras para ir, para a qual convidei Gianfranco Ferraro (filósofo, investigador e caminhante), Paula Caspão (investigadora, artista e dramaturgista), e Susana Nascimento Duarte (investigadora em cinema e filosofia). Problematizando a caminhada concreta levada a cabo entre as Amoreiras e o Poço dos Negros, a conversa vai abordar a caminhada tanto como gesto quotidiano como enquanto prática experimental que tem sido continuadamente  convocada para repensar e criticar a experiência urbana da modernidade; e debruçar-se sobre as actuais metamorfoses de Lisboa — pressionada pelo turismo e o investimento imobiliário, objecto-mercadoria nos circuitos de consumo cultural que exploram economicamente a nostalgia — e os efeitos que estas têm sobre a vida quotidiana dos seus habitantes.

A conversa tomará a forma da Long Table, uma instalação-performance criada pela artista Lois Weaver, que experimenta o uso de um formato privado de encontro, como um jantar de amigos, enquanto estrutura para um debate público. Assim, espero que a conversa se alargue a todos os que estiverem presentes.” Joana Braga

 

 

23.06.2019 | by martalanca | Partituras para ir

Atelier BUALA à Kinshasa

19 juin - 10h - 15 espace culturel Aw’Art

Presentation du BUALA 

“Memorialisation: moyens de produire de la mémoire dans l’art et la ville” / Rencontre avec Marta Lança 

Nous examinerons les moyens de produire et de remettre en question la mémoire collective et la transmission de l’histoire, par le biais de monuments commémoratifs, de musées, de pratiques artistiques et documentaires. Notre mémoire culturelle et collective résulte de l’ensemble des politiques commémoratives et de leur rhétorique de légitimation, de culture visuelle, de pédagogies dominantes, d’artefacts et de symboles. Pour connaître les éléments qui interviennent dans la construction et la transmission de certaines mémoires collectives, nous devons comprendre les forces en jeu ici, ce qu’il est choisi de mémoriser, comment et par qui. À titre d’exemples de commémoration, nous tiendrons compte de l’histoire de sa controverse, puisque la mémoire s’articule avec la politique actuelle et accorde une valeur au côté plus subjectif, lié à l’expérience. Montrons des exemples d’artistes apportant de nouveaux visuels et contribuant à déconstruire certaines mémoires collectives, tels que des projets de conservation, des musées, des mémoriaux et des registres aux villes de pays lusophones.

“Vive ensemble : l´exposition d´art contemporain en tant qu expérience collective”/Rencontre avec Marta Mestre 
On discutera les enjeux de la mise en place d´une exposition d´art contemporain par le biais de son écologie sociale. 
Exercice collective, expérimentation, pratique sociale, art et vie, une exposition tien un rapport direct avec une pluralité de savoir-faire et avec des réseaux artistiques locales et internationaux qui peuvent se développer hors institution (musée, marché, et). 
A partir de quelques exemples de projets artistiques au Brésil et au Portugal, on présentera des démarches artistiques collaboratives.

Discussion sur e champ artistique/ critique d´art et la memoire. 

18.06.2019 | by martalanca | Art, Kinshsa, memoire

Residência Artística Afroeuropeans Coimbra 2019

Esta Residência Artística é organizada no âmbito do projeto de investigação “À margem do cinema português: estudo sobre o cinema afrodescendente produzido em Portugal” financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e conta com a participação dos artistas afro-europeus: Benjamin Abras, Silas Tiny, Sofia Rodrigues e Vanessa Fernandes.  É coordenada pela investigadora e professora Michelle Sales (UFRJ/CEIS20) com assistência de Jorge Cabrera (Colégio das Artes/ UC), e conta com a participação de Sérgio Dias Branco (UC/CEIS20/LIPA), Pedro Pousada (Colégio das Artes/ UC), Fernando Matos Oliveira (UC/CEIS20/TAGV) e do artista André Feitosa (Colégio das Artes/ UC). 

O programa visa proporcionar espaço criativo e de diálogo para artistas afro-europeus a fim de catalisar novos trabalhos, projetos em comum e formação de novas redes de trabalho e colaboração. Esta residência interessa-se pelo aprofundamento de questões políticas e identitárias que dizem respeito aos modos de pensar, sentir e existir afro-europeus em contextos urbanos violentos, pós-industriais e pós-coloniais em crise.

Esta iniciativa conta com o apoio do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20) da Universidade de Coimbra, do Laboratório de Investigação e Práticas Artísticas (LIPA) da Universidade de Coimbra, do Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) e do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. 

Serviços: 28 de junho, Auditório do TAGV  18:30 – 21:00 / 21:30 – 24H 01 de julho, Colégio das Artes 19 horas

11.06.2019 | by martalanca | Afroeuropeans

OUT OFF NATURE

This screening is a side programme to my solo exhibition “Paradox of Plenty” at Künstlerhaus Bethanien (24.05 to 16.06.2019) as part of the International Studio Programme, Grantee of Calouste Gulbenkian Foundation and supported by Camões Berlin.

According to the philosopher Jean-Luc Nancy, the technological dominion over the organic life has become the operational motif of Mankind in a process of “supplantation” and “supplementation”: a system where technology is built from raw material found in nature, while at the same time it changes severely the natural world. The screening sessions OUT OFF NATURE tackle this reality by asking two questions that – facing movements of endogenous or exogenous order – have become relevant in understanding our natural and technological contemporary condition: how does Earth’s geological materiality define the technical culture of media by the integration of mineral matter in some of its main devices?; And, how these same devices have been shaping our contemporary ways of seeing by raising new visualities and modes of representation brought about by the anthropocene? By focusing on some contemporary emergencies arising from the massive use of technology and its impact on the metabolic cycles of planet, this film selection addresses the environmental impact of the new media and its use of natural resources; the links between land resources, value systems created with European colonization and sociological, economic and political models of hypercapitalism; the historical and perceptive construction of gaze in a visual landscape dominated by the screen; the mass extinction of animal species in relation to image-capturing practices and scientific systems of visual depicting natural habitats; or, the relations between preservation, heritage, time, ecology and labour.

 Design:ATLAS Projectos

Institutional Partners:

Camões Berlin

Calouste Gulbenkian Foundation

Künstlerhaus Bethanien

Acknowledges:The artists, Galerie Imane Farès, Ana Patrícia Severino, Valeria Schulte-Fischdick, Christina Sickert, Künstlerhaus Bethanien, Margarida Abecassis, Fundação Calouste Gulbenkian, Curtas Metragens CRL (Portugal), Cláudia Pinto, Gonçalo Sena.

04.06.2019 | by martalanca | OUT OFF NATURE

Agora: dialogues autour des pratiques culturelles d’aujourd’hui

5 juin 2019 > 10h30 – 17h30 Fondation Calouste Gulbenkian – Délégation en France, 39 Boulevard de la Tour-Maubourg, 75007 Paris

Agora* est un espace de rencontre et de débat : une série de dialogues informels, avec des artistes et acteurs de champs divers (arts visuels, gestion culturelle, programmation, cinéma, édition, recherche) autour des pratiques culturelles les plus pointues entre le Portugal, la France et ailleurs.

Ben Russell Guillaume Mazeau Austerity Measures, 2007Ben Russell Guillaume Mazeau Austerity Measures, 2007

Agora est un moment de réflexion et de partage sur des processus de travail, des méthodologies d’enquête et expérimentales. Une invitation qui cherche à dessiner une nouvelle cartographie culturelle et à stimuler de nouvelles rencontres, une opportunité pour explorer des affinités et des influences réciproques et examiner possibles parallélismes thématiques, formels, méthodiques. 

* Agora c’est à la fois « maintenant » en portugais et le lieu de rassemblement social et politique de la cité grecque. 

Programme 

10h30 – 11h / Ouverture

11h – 12h

Françoise Parfait pour le collectif Suspended Spaces (collectif d’artistes et chercheurs) 

Tiago Hespanha pour le collectif Terratreme (collectif de cinéastes et producteurs)

« Problématiques de la production artistique collective »

> Discussion modérée par Alice Leroy.

12h – 13h

Wagner Morales (commissaire et artiste, La Maudite) 

Nataša Petrešin-Bachelez (commissaire, Contour Biennale) 

« Être commissaire indépendant aujourd’hui - défis et tendances »

> Discussion modérée par Lúcia Ramos Monteiro.

13h – 14h30 / Pause déjeuner

14h30 – 15h30

Federico Rossin (programmateur indépendant, critique) 

Raphaël Nieuwjaer (critique, revue Débordements)

« Engagements politiques par la programmation et la critique de cinéma »

> Discussion modérée par Mickaël-Robert Gonçalves.

15h30 – 16h / Pause café

16h Tables de travail collectives / Documentation disponible pour consultation, en présence des intervenants. Moment de discussion informelle avec le public.

17h30 / Clôture 

Biographies des participants

Françoise Parfait

Françoise Parfait est membre fondateur du collectif Suspended Spaces (2007), plateforme de recherche en arts qui s’intéresse à des espaces géopolitiques hérités de la modernité dont l’histoire et le devenir sont « incertains ». Critique, artiste, commissaire d’exposition et auteur de Vidéo : un art contemporain (Editions du Regard, 2001), elle est aussi Professeur à l’université de Paris 1 Panthéon Sorbonne, Centre Saint Charles, et responsable du Master Recherche Arts et Médias numériques.

Tiago Hespanha

Co-fondateur du collectif et société de production Terratreme filmes, créé en 2008 à Lisbonne par un groupe de jeunes cinéastes. Aujourd’hui, les films produits par Terratreme sont montrés dans les festivals de cinéma plus importants à l’international. Ils ont notamment réalisé et produit de manière collective le film L’Usine de Rien, en 2017. 

Réalisateur et producteur, Tiago Hespanha vit et travaille à Lisbonne. Diplômé en architecture de l’Université de Coimbra, il a obtenu un Master en Documentaire de Création, à Barcelone et suivi le cours de réalisation de films documentaires des Ateliers Varan. Il est professeur de réalisation du Master international en documentaire Docnomads et membre des Ateliers Varan.

Wagner Morales

Wagner Morales est artiste visuel, documentariste, chercheur et commissaire indépendant. Il est docteur en Études Cinématographiques et Audiovisuelles de l’Université Sorbonne Nouvelle, Paris. Il a été artiste résident au Fresnoy (Tourcoing), au Pavillon du Palais de Tokyo (Paris) et au Helsinki International Artist Programme (Finlande). Il a été l’un des commissaires de la 28ème Bienal de São Paulo, ainsi que co-fondateur de l’espace d’art indépendant La Maudite, à Paris. 

Raphaël Nieuwjaer

Raphaël Nieuwjaer est critique de cinéma. Il s’occupe depuis sa création en 2012 de la revue Débordements. Il a traduit Screening sex de Linda Williams (Capricci, 2014) et contribué à des ouvrages collectifs (Breaking Bad, Série Blanche ; Notre caméra analytique). Il est également chargé de cours à Paris et à Lille.

Nataša Petrešin-Bachelez

Nataša Petrešin-Bachelez est commissaire de la Contour Biennale 9 (Mechelen, Belgique, 2019) et prépare, avec Giovanna Zapperi, une exposition consacrée aux vidéos de l’actrice et militante féministe Delphine Seyrig. Son travail et ses écrits s’intéressent à des thématiques telles que les pratiques curatoriales situées, le féminisme transnational, l’écologie et la décroissance. Co-fondatrice et responsable du séminaire Something You Should Know à l’EHESS, avec Élisabeth Lebovici et Patricia Falguières, depuis 2006. Ces dernières années, elle a également été responsable de l’édition de L’Internationale Online (2014-2017) et du Manifesta Journal (2012-2014), co-directrice des Laboratoires d’Aubervilliers (2010-2012) et co-fondatrice de Cluster, un réseau européen d’institutions artistiques. 

Federico Rossin 

Federico Rossin est historien du cinéma, conférencier, formateur et passeur d’images. Il mène ses recherches dans le domaine du cinéma expérimental, documentaire et d’animation. Depuis 2007 il travaille comme programmateur indépendant pour de nombreux festivals et cinémathèques en Europe. Il intervient aussi dans des réseaux d’éducation populaire et dans des cadres universitaires.

Organisation

Catarina Boieiro – catarina.boieiro@gmail.com

Raquel Schefer – raquelschefer@gmail.com

Partenaires institutionnels

CEC/Universidade de Lisboa – CITCOM: Citizenship, 

Critical Cosmopolitanism, Modernity/ies, (Post)Colonialism

Hangar, Lisboa

  

 

03.06.2019 | by martalanca | agora, cinema, paris