South-South: Let me begin again

Installation picture, South-South Let me begin againInstallation picture, South-South Let me begin again

Goodman Gallery Cape Town Opening Saturday 28 January at 5pm

Los Carpinteros • Flávio Cerqueira • Elizabet Cerviño • Ângela Ferreira • Carlos Garaicoa • Kendell Geers • Haroon Gunn-Salie • Kiluanji Kia Henda • Grada Kilomba • KutalaChopeto • Paulo Nazareth • Sisipho Ngodwana • Antônio Obá • Rosana Paulino • Wilfredo Prieto • Tracey Rose • Gustavo Speridião

IN THE VIDEO ROOM Maria Thereza Alves • Coco Fusco • Binelde Hyrcan • Thiago Martins de Melo • Susana Pilar Delahante Matienzo

FEATURED PERFORMANCES iQhiya • Elizabet Cerviño • Ângela Ferreira’s Wattle and Daub with vocals by Lizette Chirrime*

Curated by Renato Silva and Lara Koseff

In the second edition of our South-South series, Goodman Gallery presents Let me begin again, an exhibition drawing parallels between artists from the Global South, whose work is situated within and beyond the afterlife of political revolution. The show looks at cross- cultural influence and divergence – both historical and recent – between countries such as Cuba, Brazil, South Africa and Angola, as well as other regions such as Mozambique, and Namibia; featured artists born in or living between these countries or in the diaspora.

Let me begin again considers a paradisal vision of race and class equality, and autonomy from Western domination, championed in the mid- to late 20th century. It is rooted in an intersection and unravelling of ideologies that emerged after revolution in Cuba, the end of military dictatorships in other parts of Latin American and independence in Africa, building up to the end of apartheid in the 1990s. The exhibition explores notions of freedom and control; artists revising and recalling historical moments, and challenging instability, yet sometimes embracing flux, in ways that are divergent from, but still linked to, political movements.

In July 1991, Nelson Mandela, president of the African National Congress (ANC) at the time, and Fidel Castro, then president of Cuba, spoke together on the same platform in Havana. Mandela was on a tour of Latin America, but his visit to Cuba marked an important moment for both world leaders. This interaction reflected Cuba’s mission of internationalism in the Global South; its support of African independence and involvement in the Angolan Civil War, which Mandela attributed as directly leading to the unbanning of the ANC. “The decisive defeat of the aggressive apartheid forces [in Angola] destroyed the myth of the invincibility of the white oppressor,” Mandela said. Both Mandela and Castro spoke of the emancipation of the poor and the rightless. Castro exclaimed persistently, “How far we slaves have come!” On reflection, these were distinct leaders from regions emerging from and moving towards different socio-political realities. But they were also converging on a conviction of equality; finding common ground in evoking the power of what Ernesto Che Guevara called – in reference to the strength of the masses – the human tide. Yet at the time, while victories such as free and quality health care and education were celebrated, the disappointments of transition where becoming palpable in Cuba – which in the early 1990s was deep in economic crisis due to the dissolution of the Soviet Union. And in Brazil, profound yet often concealed wounds were still only very slowly being revealed. Following Cuba, Mandela visited Brazil in August 1991, in efforts to seek continued sanctions in support for the end of apartheid. While there Mandela stated, “I have the feeling of being at home,” but was taken aback by the nuances of racial politics, and the latent and often clouded racial discrimination that lingered despite the transition into democracy.

Rereading this meeting of minds now – 25 years later, with dreams further deferred, tenuous diplomatic breakthroughs between enemy states, dissident voices, state control, unfinished projects, presidents on trial, lingering mass inequality and institutional racism, as well as looming neo-colonialism, is revealing and disheartening. While the world seemed to stop after the death of Mandela – his critics emerging mainly from South African – it was at odds over Castro’s more recent obituary, and his very polarising legacy. In a time when the Western world is again seeing the rise of the extreme right, the Global South appears to be grappling with the ideals, victories, as well as conflicting narratives and setbacks of the revolutionary left. Within this context of emerging economies and racially diverse societies, seems to be a need not only to move forward, but to revise and reconsider where we came from, to recover what has been lost.

This show comes 20 years after pivotal exhibitions such asMemorias Intimas Marcas – initiated by Fernando Alvim, in collaboration with Gavin Younge and Carlos Garaicoa, which looked at the residue of trauma caused by the Angolan Civil War – and the 2nd and last Johannesburg Biennale, curated by Okwui Enwezor, which unusually for the international art world at the time included many artists from the Global South. Now, this edition of South-South reflects on how the ideologies that were being embraced in the 1990s have unfolded or collapsed in quieter, contemplative moments, but are also being reignited or challenged in new instances of heated rupture.

Let me begin again offers a deferential plea to unearth the forgotten; rethink the misrepresented or misunderstood; confront the seemingly irreversible; tackle unfinished projects and traverse unending beginnings. Featured artists embody a variety of divergent socio-political stances and, in some cases, markedly or seemingly apolitical ones. But in each instance is the sensation of – or a call for – reinvention, renewal or adaptation, from historiography to processes of working.

Let me begin again follows The Poetry in Between: South-South, the first edition in the series in 2015, which focused on Brazil and South Africa in particular.

27.01.2017 | by martalanca | South-South: Let me begin again

Convite // 26 de Janeiro // Claire Fontaine: em vista de uma prática ready-made

26 de Janeiro, 21. Espaço Alkantara (Calçada Marquês Abrantes 99, Lisboa) 
[entrada livre]

Lançamento do livro “Claire Fontaine: em vista de uma prática ready-made” + Conversa + Performance

O título do livro dá nome a este encontro, que parte do conceito de “greve humana” do coletivo Claire Fontaine para pensar a intervenção estética como prática política de um “artista ready-made”. 

Claire Fontaine é um colectivo artístico sediado em Paris, fundado em 2004. Roubando o seu nome a uma marca popular de cadernos escolares, Claire Fontaine declarou-se um “Artista Readymade” e começou a elaborar uma arte Neo-Conceptual que frequentemente se assemelha ao trabalho de outros. Utilizando materiais como néon, vídeo, escultura, pintura e texto, a sua prática pode ser descrita como uma contínua interrogação sobre a impotência política e a crise da singularidade que parecem hoje definir a arte contemporânea. Mas se o artista hoje é o equivalente subjectivo de um urinol ou de uma caixa Brillo – tão descolocado, tão privado de valor-de-uso e tão trocável quanto os produtos que produz – há sempre a possibilidade a que Claire Fontaine chama “Greve Humana.” Claire Fontaine utiliza a sua frescura e juventude para fazer de si próprio uma singularidade-qualquer e um terrorista existencial em busca de emancipação subjectiva.


21h // Conversa com Leonardo Araujo, Pedro Bismarck e Miguel Cardoso
Moderação: Mariana Pinho

Leonardo Araujo
Do que o Artista Contemporâneo Mundial no Império corre?

Se a Greve Humana não é a experiência mas a evidência da miséria social, da falta de experiência no Deserto - a vida no Império -, o que o artista estaria a fazer hoje senão a denunciar as mazelas e negligências das instituições de poder? Há, dentro do espectro de produção da arte contemporânea de cunho político e, algumas vezes militante, uma certa dificuldade em imaginar outros lugares, ideias e organizações que corroborem para a simples possibilidade de imaginar. O artista, neste caso, não é outro qualquer - singularidade quaisquer -, que ao tornar pública a sua obra, evidencia a nossa própria ausência afectiva, crítica e de comunhão? 

Pedro Bismarck
Uma língua de saltimbancos

Os Claire Fontaine fizeram da sua prática-de-artista um exercício de reflexão permanente sobre a relação entre a arte e a vida. E, no entanto, o tempo que atravessam (o tempo que atravessamos) é o da absoluta dissolução dessa ligação: “grandes barricadas colocadas entre a arte e a vida, entre o saber e o viver”. Talvez seja por isso que os seus objectos pareçam sempre ruínas e fragmentos de uma guerra em curso. Mas não. Mais do que despojos de um tempo passado, eles parecem ser os vestígios de um tempo por vir. Objectos desinventados (para usar um termo de Manoel de Barros) à procura de um novo idioma, uma nova linguagem (uma “língua de saltimbancos”?) que, enfim, “materialize a possibilidade de dançar numa corda bamba e de combater”.

Miguel Cardoso
Deste hábito de participar no desastre: uma dialéctica da degradação

A noção de ‘degradação’ (do que degrada, do degradado, do degradante) surge apenas de passagem nos escritos de Claire Fontaine. Contudo, vou testá-la aqui como ponto de entrada para algumas das tensões inscritas num conjunto amplo de termos que servem a Claire Fontaine para descrever o ‘estado das coisas’ (das subjectividades, das relações sociais), desde as mais conceptualmente carregadas– reificação, despossessão, equivalência – às de uso mais corrente – empobrecimento, indigência, miséria. O que pode surgir a partir do que é/está/foi ‘degradado’? Podemos articular, a partir desta noção, e deixando de lado os usos mais moralistas do termo, uma poética, ou mesmo uma política?


a decorrer
// Performance de Sílvia
O [omniadversus. self-actualizing the subject]
‘O’ consiste numa experiência heteronímica imersiva num único corpo. Explora a identidade múltipla criando processos de subjetivação - linhas de fuga que transgridem as condicionantes do sujeito oficializado - através de uma prática imanente e impessoal, fora da dualidade caracteíristca do sujeito. ‘O’ promove uma intensa nomadologia que se prende com a vida. Integrados em circuitos sociais específicos, os heterónimos existem como persona viva em constate devir, assumindo a intermitência da autoria. 
‘O’ pretende desconstruir a medula da produção do sujeito e do autor. fomentando imprevisíveis atos de imanência do sujeito ou de objetos artísticos. Indagadora da funcionalidade do Eu, a plataforma ‘O’ prolifera como base para exercer a vacuidade do ser, incentivando o ser zero como mediação social e artística, expresso num presente multiplicável. 

*

Claire Fontaine: em vista de uma prática ready-made é um livro de autoria do coletivo francês, produzido pela GLAC Edições, editado por Alex Flynn e Leonardo Araujo, com traduções de Aurore Zachayus, Fabio Morais, Lucas Parente, Noara Quinta, Luhuna de Carvalho, Mariana Pinho e Nuno Rodrigues. 

A GLAC edições surge da união entre Leonardo Araujo e Gustavo Colombini. Desde 2011 os dois produzem publicações independentes das ideias e textos dos seus trabalhos conjuntos. A GLAC tenciona tornar público trabalhos que tenham o texto como objeto específico de produção, que lidem de modo experimental com a linguagem e que articulem o livro como objecto, criando projectos gráficos que atendam as demandas inclusas nas experimentações linguísticas dos textos. Actualmente a GLAC segue com três frentes de trabalhos: os livros gráfico-textuais produzidos pelos seus editores e convidados; edição, tradução e adaptação de textos anónimos e de artistas estrangeiros de carácter político; e o exercício de editar textos literários e dramatúrgicos de novos escritores no formato códex.

Mais informações em: 

Buala
Alkantara
facebook

25.01.2017 | by marianapinho | arte, Claire Fontaine, greve humana, política, Ready-Made, singularidade qualquer, zero

A Grande Bebedeira de René Daumal

Lançamento a 26 de Janeiro (esta 5ª-feira), Bar Irreal, 19h
Leitura por Bruno Humberto e Gonçalo Alegria.
Conversa com Lurdes Júdice (tradutora) e Vasco Santos (editor da Fenda e psicanalista/psicoterapeuta).

«Era tarde, quando começámos a beber. Todos achávamos que era mais do que tempo de começar. Não nos lembrávamos do que tinha acontecido antes. Pensávamos apenas que já era tarde. Saber de onde vinha cada um de nós, em que ponto do globo estávamos, ou sequer se se trataria mesmo de um globo (o que, aliás, nem era assunto), em que dia do mês de que ano, eram tudo coisas que nos ultrapassavam. Não são perguntas que se façam quando se tem sede. Quando se tem sede, está-se sempre à cata de ocasiões para beber, ainda que se faça de conta que se repara noutras coisas.»
René Daumal (1938), A Grande Bebedeira

Edição: Dois Dias
Tradução: Lurdes Júdice
Com desenhos de João Maria Gusmão e Pedro Paiva

24.01.2017 | by marianapinho | A Grande Bebedeira, René Daumal

A transfiguração do “Globo”

A 3ª edição do F. Globo acontece de 26 a 31 de Janeiro próximo, no Hotel Globo, na baixa de Luanda. Mais de uma dezena de artistas multidisciplinares desafiados e inspirados pela liberdade apresentam uma mostra colectiva inusitada. 

Criações sem fronteiras, despojadas, provocadoras e indiferentes a regras de qualquer espécie, são o cunho F. Globo. Numa rota única, contrária ao convencional, instituída por curadores e galerias, os artistas são o elemento activo, entregues à transformação influenciada pelos seus parceiros, o espaço, o meio ambiente…

Nesta 3ª edição há mais artistas e mais quartos de hotel abertos à criatividade desprendida. Sem uma predefinição temática, a curadoria serve apenas para criar uma dialéctica entre os trabalhos desenvolvidos por cada artista durante o período do evento. Sendo que o ponto de partida da produção artística é a interacção, o diálogo e a partilha de ideias de um colectivo que nesta edição é composto por:
João Ana e Elepê
Alekssandre Fortunato        
Keyezua                     
Ery Claver
Tho Simões   
Daniela Vieitas + Muamby Wassaky                      
Toy Boy
Kiluanji Kia Henda  + Colectivo Verkron
Edson Chagas                        
Gretel Marin
Kalaf Epalanga e João Ana (Curadores)
André Cunha (Produção)

A mostra temporária decorre em cinco dias. A partir do dia 26 de Janeiro a exibição inicia-se todos os dias às 19 horas, até 31 de Janeiro. A entrada é livre.
O F. Globo vai além do simples acto de pendurar quadros numa parede ou sequer existe para fins comerciais. É o espírito voluntário dos artistas que financia a iniciativa e, desta forma, garantem independência total em relação às instituições ou patrocínios, permitindo-lhes uma abordagem autónoma sobre temas culturais, sociais e políticos, arriscando apresentar novos sentidos estéticos e conceptuais.
A primeira edição do F.Globo em Dezembro de 2015 contou com a participação de 6 artistas: Kiluanji Kia Henda, Edson Chagas, João Ana, Elepê, Orlando Sérgio e Marcos Kabenda. A segunda edição ocorreu em Julho de 2016 e participaram 9 artistas: Keyezua, Kiluanji Kia Henda (curador), André Cunha (curador), João Ana, Elepê, Angel Ihosvanny, Thó Simões, Ery Claver, Irina Vasconcelos e Muamby Wassaky.

24.01.2017 | by marianapinho | espaço, fronteiras, Fuckin' Globo, galeria, Hotel Globo, liberdade, Luanda, meio ambiente

A Grande Bebedeira de René Daumal

Lançamento a 26 de Janeiro (esta 5ª-feira), Bar Irreal, 19h

Leitura por Bruno Humberto e Gonçalo Alegria.
Conversa com Lurdes Júdice (tradutora) e Vasco Santos (editor da Fenda e psicanalista/psicoterapeuta).

«Era tarde, quando começámos a beber. Todos achávamos que era mais do que tempo de começar. Não nos lembrávamos do que tinha acontecido antes. Pensávamos apenas que já era tarde. Saber de onde vinha cada um de nós, em que ponto do globo estávamos, ou sequer se se trataria mesmo de um globo (o que, aliás, nem era assunto), em que dia do mês de que ano, eram tudo coisas que nos ultrapassavam. Não são perguntas que se façam quando se tem sede. Quando se tem sede, está-se sempre à cata de ocasiões para beber, ainda que se faça de conta que se repara noutras coisas.»

René Daumal (1938), A Grande Bebedeira
Edição: Dois Dias
Tradução: Lurdes Júdice
Com desenhos de João Maria Gusmão e Pedro Paiva
Bar Irreal
R. do Poço dos Negros 59
DOISDIAS.wordpress.com

22.01.2017 | by martalanca | A Grande Bebedeira, René Daumal

Península | Colonialidade e Curadoria

PENÍNSULA explora a relação entre a curadoria e a colonialidade. O encontro conta com a presença do Grupo de Investigação Península, ligado ao Museu Reina Sofia de Madrid.
27 e 28 de Janeiro 2017 das 10h00 às 18h30 | Entrada Livre.
Programa:
Sexta-feira, 27 de Janeiro de 2017
10h00    Apresentação do Hangar
10h30    Apresentação do encontro
10h40    Encontro com Ângela Ferreira
12h00    Arte e Institucionalidade nas Caraíbas. Carlos Garrido
12h30    Encontro com Julia Morandeira
15h00 - 16h15  Politicas culturais, alteridade, exposições: Juan Guardiola
16h30    Encontro com Pedro Lapa (sobre o trabalho de Joaquim Rodrigo)
17h15 - 18h30  Colonialidade e Bienais Gerardo Mosquera
Sábado, 28 de Janeiro de 2017
09h45    Discursos, arquivos, memória Catarina Simão - Silvia Zayas - Salomé Lamas
11h30    Bienais, plataformas, alteridade Marta Lança - María Íñigo
14h30    Afetos, dissidência sexual, colonialidade: Lucía Egaña - Diego del Pozo
15h30    Colonialidade, instituições, estratégias Natxo Checa (sobre a obra de Gabriel Abrantes) - María José Ollero - Ana Pinilla - Carmen Sabalete
16h45    Memórias, (contra) arquivos, rastros Sally Gutiérrez + Aurora Alcaide
17h45 - 18h30  Mudanças na “linha abismal” e a luta das Diásporas Metropolitanas no espaço simbólico Nancy Garín - Antoine Silvestre
18h30   Terry Smith
imagem de Mónica Mirandaimagem de Mónica Miranda
Gerardo Mosquera (Cuba) é crítico de arte, curador, historiador e escritor. Vive entre Havana, Cuba e Madrid, Espanha. Foi curador chefe da 4ª edição da Trienal de São João Poly/Grafica; consultor da Rijksakademie van Beeldende Kunsten, Amsterdam; do MUAC, Mexico City; do Art in General, New York e outros centros de arte internacionais. Foi co-fundador da Bienal de Havana e curador no New Museum of Contemporary Art, New York. Director Artístico para a PhotoEspaña, Madrid, em 2011, 2012 e 2013, comissariou recentemente as exposições Lost in Landscape for Mart, Itália, e Artificial Amsterdam para de Appel, Amsterdão. É autor de numerosos textos e livros sobre arte contemporânea e teoria de arte, é membro do comité de assessores de vários jornais de arte, incluindo Art Nexus (Bogota), Calabar e Nka (New York). Mosquera deu várias palestras em África, Ásia, Australia, Europa, América Latina e América do Norte. Recebeu a bolsa Guggenheim em 1990.
Terry Smith (Austrália) é Professor de História e Teoria da Arte Contemporânea no Departmento de História de Arte e Arquitectura da University of Pittsburgh. De 2011 a 2014 foi Professor convidado no National Institute for Experimental Arts, College of Fine Arts da University of New South Wales, Sydney. Em 2010 ganhou o Franklin Jewett Mather Award para crítica de arte, atribuído pelo College Art Association (EUA) e em 2011 recebeu o Australia Council Visual Arts Laureate Award. Em 2014 foi Associado no Sterling and Francine Clark Institute, Williamstown, Massachusetts. Escreve para jornais e revistas de arte internacionais. É membro do conselho do Museum of Contemporary Art, Sydney. De 2004 a 2014 foi membro do conselho do Andy Warhol Museum, Pittsburgh. Actualmente é membro do conselho do Carnegie Museum of Art, Pittsburgh.

20.01.2017 | by martalanca | Colonialidade, curadoria

”Kabalindadi”, o novo single de Ritchaz Cabral

«O músico luso-cabo-verdiano Ritchaz Cabral chega até nós com “Kabalindadi”, caloroso e bamboleante tema mergulhado na melhor tradição dos sons típicos de Cabo Verde que pretende alertar consciências para a necessidade de combater a tirania e corrupção humana que preenchem o nosso dia-a-dia.
Este é então o cartão de visita do primeiro EP a solo do músico, “Mal Famadu”, que estará disponível digitalmente a partir do próximo mês de Fevereiro com o selo da Music For All.

Ricardo Cabral, de nome artístico Ritchaz Cabral, nasceu em Lisboa, no profícuo ano de 1988, e é filho de pais cabo-verdianos, imigrantes em Portugal há várias décadas.
Com apenas 13 anos, começa a dar os seus primeiros passos na música. O passaporte para aquilo que, anos mais tarde, se transformaria na sua vida profissional foi um velho gravador de cassetes, propriedade do seu progenitor, e um microfone inventado e construído pelo próprio utilizando pequenas colunas modificadas. Na altura, cantava letras conhecidas de autores cabo-verdianos e gravava brincadeiras com as irmãs e amigos.
Entre 2003 e 2012, fez parte da dupla Ritchaz & Keky que se apresentava com uma sonoridade mestiça onde o Kuduro se encontrava com a Kizomba e onde o Techno e o Reggae se fundiam com o Funaná e o Hip-Hop, num autêntico caldeirão de influências e sonoridades. A partir de 2007, a dupla trabalhou com a agência cultural Filho Único (Lisboa), com quem tiveram atuações regulares dentro e fora do país e através da qual participaram na coletânea de CD’s Novos Talentos da Fnac e da Antena 3 (2008).
Entre 2009 e 2011, Ritchaz frequenta dois cursos relacionados com a criatividade, produção e marketing musical na Restart (Lisboa), passando a fazer com frequência trabalhos de gravação, produção, mistura e masterização de música para diversos artistas na Europa e África. Nascia assim uma faceta diferente e complementar na carreira de Ritchaz Cabral!
Em 2011, e nos dois anos que se seguiram, Ritchaz integrou a banda de Reggae Luso United, sediada na Amadora, assumindo-se como teclista.

Paralelamente, o artista envolve-se em diferentes projetos ligados à música. Foi co-criador do Estúdio SomGráfico (estúdio de música comunitário), no bairro Outurela (Oeiras), juntamente com outros amigos e músicos; deu aulas de viola na escola básica local; e fez a co-produção e o lançamento do álbum musical independente Proghetto, que contou com a presença de vários artistas.
Em 2012, o artista junta-se ao grupo Raboita como vocalista, guitarrista e baixista. É nesta altura que passa a ter mais contacto com a música tradicional de Cabo Verde, adicionando ao seu leque de sonoridades as Mornas, Batukus, Funanás, Coladeiras e Mazurcas.
Chegamos, enfim, a 2014. Esta foi a altura em que Ritchaz decidiu dedicar-se a uma carreira a solo, começando a preparar aquele que se tornaria no seu primeiro EP. Neste trabalho são bem audíveis as suas raízes cabo-verdianas através dos Funanás lentos, dos Batuques com letras que retratam a simplicidade da vida e os valores do amor e respeito assim como os temas de cariz social, vertente que Ritchaz sempre prezou bastante. Em simultâneo, Ritchaz integra o grupo Skopeofonia, um projeto de investigação académica em Etnomusicologia, da Universidade de Aveiro com a Fundação para a Ciência e Tecnologia, que tem recolhido e analisado as práticas musicais no bairro da Cova da Moura, na Amadora.
É por entre um leve sorriso, um ritmo quente e pegadiço e uma letra que nos transporta para as sinceras e profundas paisagens africanas que encontramos este primeiro trabalho de Ritchaz Cabral. O menino que Portugal viu nascer e crescer é hoje um homem que não esquece as suas origens, homenageando-as em “Mal Famadu”, o seu primeiro EP a solo. »

C O N T A C T O S
T: +351 211 374 276
E: promotion.pd@musicforallnow.com

 

 

 

16.01.2017 | by marianapinho | Kabalindadi, Ritchaz Cabral

Postcolonial Mediations: Globalisation and Displacement

Fourth Annual ACGS Conference Amsterdam, 26-27 October 2017

Keynote speakers:
  * Victoria Bernal (Professor of Anthropology, University of
    California, Irvine, US)
  * Paula Chakravartty (Associate Professor Media, Culture and
    Communication, New York University, New York, US)
  * Iain Chambers (Professor of Cultural and Postcolonial Studies,
    Oriental University, Naples, Italy)

Central to artist Kara Walker's work is Black history, its telling and re-telling, and the effect this has on African-Americans today. She attacks racial myth and stereotypes, exploring issues such as slavery, sexuality, oppression and domination.Central to artist Kara Walker's work is Black history, its telling and re-telling, and the effect this has on African-Americans today. She attacks racial myth and stereotypes, exploring issues such as slavery, sexuality, oppression and domination.Postcolonial thinking has challenged the stability of discourses on culture, globalisation, economics, human rights and politics. Postcolonial thinking, as a form of mediation and displacement of worldviews, triggered a re-evaluation of the complex connections between culture, class, economy, gender and sexuality. This conference aims to engage with such postcolonial displacements.
Displacement can be seen under the rubric of mobility and its many forms today, most tellingly discernible in the forced movements of peoples in the wake of wars, and the concomitant crises this provokes around issues of “culture and civilization”, and its gendered, religious and raced dimensions. The refugee crisis in Europe is an important case in point. Cultural productions from the non-West continue to displace received understandings of other cultures and societies (Chow, 2002, Narayan, 1997) while contemporary political movements draw inspiration from postcolonial struggles as they deploy new media forms, as Howard Caygill (2013) has recently shown in his analyses of the Gandhian non-violence movement, the continuing Maoist rebellions and their relation to the Zapatistas and the Indignados. The shifting contours of gender and sexual politics, and the critique of stable identities provoked by queer politics and theory, are also producing displacements, in the discourse and practice of the politics of rights. Local, regional and national politics often challenge universal rights claims. e.g. the controversies around the relevance of “Global Queer” (Altman, 1996).
The postcolonial is understood here simultaneously as a mediating and a displacing series of interventions, which demands engagement with contemporary understandings of globalisation.
We invite papers that explore the complexity of postcolonial mediations in their interaction with the displacements of globalisation through theoretical and empirical analyses.
Possible topics include:
1. How can a postcolonial perspective inform newer understandings of contemporary forms of cultural, political and economic globalisation? For example, what does the “neo-colonial” turn (Mignolo) imply for thinking globalisation’s many dimensions today? What purchase might postcolonial perspectives (including postcolonial self-critique) have in the context of “planetary” (Spivak) developments, discussions of “Empire” and “Multitude” (Hardt/Negri) and articulations of “singular” (Jameson) and alternative modernities?
2. Migration in its many forms has centralized displacement as a crucial feature of globalisation. How might a postcolonial perspective further a contemporary engagement with the displacements of peoples in the wake of economic globalisation, political crises, human rights crises, and the ongoing militarization of the globe? How can the figures of the “migrant”, the “refugee” and the “asylum-seeker”, for example, be rethought given their contemporary reformulations by nation-states and transnational entities such as the EU and other multilateral deportation/resettling schemes in Asia?
3. Queer theory has long argued that gender and sexuality are not external dimensions to be “added” onto considerations of subjectivity but intrinsic to how “human” subjectivities are lived, transformed and theorized. How do contemporary forms of displacement register at the level of gender and sexual politics? And how might queer forms of thinking intervene, mediate, displace or consolidate racist, sexist, transphobic, and hetero-normative discourses in the wake of globalisation, often under the rubric of culture and civilization?
4. Contemporary forms of globalisation are not only represented but also actively constructed through forms of media engagement, from political mobilization through social media to filmic and televisual cultural practices. These mediated forms of global politics demand different forms of analysis while also provoking transformations in how we theorize media themselves. How can “mediation” be confronted and theorized given the postcolonial dimensions of contemporary globalisation?
5. The contours of globalisation in terms of borders, the nation-states and transnational communities are being displaced and redrawn in the content of contemporary economic, political and military crises. How might postcolonial perspectives furnish cognitive and affective mappings of the overlaps and disjunctions of political and cultural cartographies?
6. Given that a “postcolonial perspective” unites competing perspectives (e.g. the literary, the politico-economic, the Marxist, the postmodernist) rather than a unified and homogeneous body of arguments, what are the contemporary forms of internal displacement within the field?
Contributions from fields from across the social sciences or humanities are invited.
Please submit an abstract (200-300 words) and short bio (max. 100 words) by 1 February 2017 to acgs-fgw@uva.nl<mailto:acgs-fgw@uva.nl?subject=Abstract%20Postcolonial%20Mediations%20Conference>. Notice of acceptance will be given by 1 May 2017. Conference fee: 50 Euros (25 Euros for PhD students). Conference dinner: 25 Euros.
Organisers: Sudeep Dasgupta (University of Amsterdam), John Nguyet Erni (Hong Kong Baptist University), Aniko Imre (University of Southern California), Jeroen de Kloet (University of Amsterdam), Sandra Ponzanesi (Utrecht University), Raka Shome (National University of Singapore)

16.01.2017 | by martalanca | Displacement, Globalisation, Postcolonial

Isto é partis / Projecto URB

Convite para ver o projecto URB, dia 12 de Janeiro, às 21h, na Fundação Calouste Gulbenkian. Entrada livre. O bilhete deve ser levantado lá um dia antes.

12.01.2017 | by marianapinho | Isto é partis, Terratreme, URB

Sem Título | Davi Pontes

Existe um corpo que está em risco. Sem título é um território para construção de um solo, onde a coreografia é gerada pelo trânsito de referências e memórias de um corpo negro. Esse
território é dividido por lotes, que procura no espaço entre o próprio corpo e o chão, ou na
ficção de uma imagem, “tensionar” a questão da presença desse corpo coexistir nesse mesmo espaço. Existe um corpo que está em risco e que não tolera qualquer tentativa de controlar o que ele produz.
Davi Pontes

Fundação Centro Cultural de Belém | 13 e 14 de Janeiro de 2017 | Lisboa, Portugal
https://www.ccb.pt/Default/pt/Programacao/Danca?A=821

Rua das Gaivotas | 3 e 4 de Fevereiro de 2017 | Lisboa, Portugal
http://ruadasgaivotas6.pt/sem-titulo-davi-pontes/

Foto de Miguel BonnevilleFoto de Miguel Bonneville

 

Coreografia e interpretação Davi Pontes   
Acompanhamento Artístico Miguel Bonneville  
Música Original Challenger (Luís Kasprzykowski)  
Desenho de Luz Nuno Patinho   
Registo Vídeo e Fotográfico Joana Linda   
Produção Executiva: Cristina Correia

11.01.2017 | by marianapinho | Angela Davis, Davi Pontes, Espaço de risco, Frantz Fanon, Sem Título